Em uma ação que reúne o trabalho de 17 procuradores estaduais, a Amazon se tornou ré na Justiça americana, por ações que prejudicam concorrentes e clientes. A denúncia partiu da Comissão Federal do Comércio, que aponta ilegalidades por parte da Amazon.
Domínio no mercado
A investigação segue o trabalho já iniciado em face de outras gigantes da tecnologia, que são acusadas de manter monopólio sobre o mercado. Além da Amazon, Google e Facebook também já enfrentaram acusações de abusar de mecanismos de buscas e anúncios em redes sociais.
No caso da empresa fundada por Jeff Bezos, a promotoria apontou que ocorriam punições aos vendedores que tentavam oferecer preços menores dentro da plataforma. Com isso, os clientes não conseguiam localizar seus anúncios.
A acusação alega ainda que as ações da empresa degradam a qualidade dos produtos, em prejuízo aos clientes, bem como impedem a livre concorrência.
Na ação, os procuradores pediram uma liminar, para que a empresa seja impedida de seguir com essas medidas. O pedido ainda será analisado pelo juiz da causa, que vai tramitar em Seattle, onde fica a sede da Amazon.
Posição da Amazon
A empresa, por sua vez, afirmou por intermédio de seu conselheiro David Zapolsky que as ações da companhia permitiram reduzir preços e oferecer entregas mais rápidas aos clientes. Ainda, alega que a plataforma oferece a oportunidade a pequenos vendedores para exporem seus produtos.
Amazon é acusada de monopólio no mercado (Foto: reprodução/Instagram/@amazon)
Regulação do setor
Analistas são favoráveis a ações que visam regular o poder que as big techs exercem sobre o mercado. De fato, tratam-se de empresas que têm alcance internacional e movimentam um volume bilionário em recursos.
Impacto nas ações da companhia
Com o anúncio do processo contra a Amazon, as ações da empresa fecharam em queda de 4,03% no pregão de 26/09. Isso se deve às incertezas dos investidores quanto a possíveis sanções em face da empresa.
Foto destaque: Amazon enfrenta processo. Reprodução/Instagram/@amazon