Após ser vítima de várias fake news na internet, em entrevista ao GLOBO, a primeira-dama, Janja, contou que pediu satisfação à diretoria do Google, mas que ficou sem obter resposta, e ressaltou a gravidade desse tipo de situação.
Fake news
No ano de 2022, quando ocorreram as últimas eleições para a Presidência da República no Brasil e Luiz Inácio Lula da Silva pôde voltar a ser candidato, durante a campanha política para o pleito, recém-casado com Rosângela Silva, a Janja, hoje primeira-dama, ele foi alvo de inúmeras notícias falsas em toda a internet. Mesmo agora, com a eleição já resolvida, em pleno andamento do primeiro ano do novo mandato de Lula, as mentiras continuam.
Ainda no início da campanha, a notícia que surgiu como sendo “bombástica” seria de que Janja seria fugitiva da justiça brasileira. Em meados de outubro, véspera do pleito, circulou um vídeo na internet onde a esposa do então candidato, Lula, estaria ao lado de MC Dourado dançando e incitando a morte do, também candidato e presidente em exercício, Jair Bolsonaro.
Mulher confundida com a primeira-dama (Foto: reprodução/Rebu Magnesio/Mídia Ninja)
No segundo mês como primeira-dama, Janja teve sua imagem associada a vários posts nas redes que traziam uma mulher de lingerie vermelha, no dia da posse do presidente Lula, segurando cartazes que defendiam o direito à prostituição. Algo que seria impossível, uma vez que a primeira-dama não é onipresente e não consegue estar em dois lugares ao mesmo tempo: junto ao presidente e no meio do povo.
Adriana Gagliardi (Foto: reprodução/Estadão)
Em março deste ano, a foto sensual de uma mulher, Adriana Gagliardi, representante comercial, de robe e aparecendo parte dos seios, foi replicada com a afirmação de se tratar da esposa do presidente. Posteriormente, o Estadão confirmou que se tratava de uma notícia falsa.
Recentemente, em setembro, quando o presidente Lula anunciou que faria uma cirurgia no quadril, o comentário que surgiu foi de que Janja é quem assumiria a presidência. Quando, na verdade, o próprio presidente já havia comunicado que iria continuar despachando em Brasília, só não iria poder viajar. E, caso realmente o presidente necessitasse de afastamento de suas obrigações, seu vice, Geraldo Alckmin, é quem assumiria, como manda a lei.
Estas são apenas algumas das acusações falsas contra a primeira-dama, Janja, que afirmou que, ao ter conversado diretamente com uma das diretoras da Google sobre questões acerca do empreendedorismo feminino, tocou no assunto e comentou que ao se digitar “Janja prostituta” na plataforma de pesquisa, inúmeras “notícias” surgem sobre, e que ficou no “vácuo”. A primeira-dama também declarou que entende o fato da empresa não tomar nenhuma atitude, afinal, “eles ganham dinheiro com isso”, mas que é um ultraje e um perigo, não apenas para ela, mas para todos que sofrem com a violência gerada pela disseminação de fake news.
Por mais mulheres no Congresso
A esposa do presidente também falou ao GLOBO sobre o incômodo que sente com a presença maciça de homens na política brasileira, que acredita que é necessário um aumento significativo da presença feminina na vida pública, trabalhando pelo país.
Ela também expôs que sentiu pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva já ter demitido três mulheres com cargos importantes: Daniela Carneiro, do Ministério do Turismo, Rita Serrano, da presidência da Caixa Econômica Federal, e Ana Moser, do Ministério dos Esportes, para homens, indicados por questões políticas, assumirem.
Janja ainda deixou claro que não é por ser a esposa do presidente que não irá dizer o que pensa, e apenas falar de banalidades.
Foto destaque: Janja, primeira-dama do país (Reprodução/Joédson Alves/Agência Brasil)