Após longo embate com o governo, conselheiros tentaram convencer a Petrobras de frear o aumento, mas foi em vão. A diretoria da empresa relatou que o teor das conversas feitas com o governo, quando a equipe do presidente Jair Messias Bolsonaro não aceitou conceder um subsídio para a estatal e importadores privados trazerem mais caro o diesel importado e vendê-lo no Brasil com um valor mais baixo.
Na nota que anunciou o reajuste, a Petrobras afirmou que o mercado global de energia está atualmente em "situação desafiadora", por conta da recuperação econômica mundial e da guerra na Ucrânia. A Petrobras aponta que "é sensível ao momento em que o Brasil e o mundo estão enfrentando e que compreende os reflexos que os preços têm na vida dos cidadãos", mas que tem buscado equilibrar seus preços com o mercado global.
Prédio Petrobras (Foto reprodução: Flávio Manuel/Agência Petrobras)
Lembrando que, o preço final dos combustíveis nas bombas depende também de impostos e das margens de lucro de distribuidores e revendedores. Segundo a ANP, o preço da gasolina ficou em R$ 7,247, já o diesel em R$ 6,886.
O governo federal, sem sucesso ao tentar frear os preços com a Petrobras conseguiu respirar mais tranquilamente após o Congresso aprovar na última semana o projeto que limita a alíquota do imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), sobre os combustíveis, energia, gás natural, comunicações e transporte coletivo. A tentativa com sucesso foi feita para reduzir o combustível em um ano eleitoral. Agora, só depende da sansão do presidente Jair Messias Bolsonaro para entrar em vigor.
O diesel não era reajustado desde 10 de maio - há 39 dias. Já a última alta no preço da gasolina havia sido em 11 de março - 99 dias. Os preços do GLP não serão alterados, de acordo com a Petrobras. O governo vê agora uma nova saída para tentar reduzir os valores do reajuste.
Foto destaque : Frentista segurnado bomba de combustível (Foto : Reprodução/Piauí Hoje)