Nesta terça-feira (8), a advogada Erica Fernanda Rodrigues dos Santos Moraes, de 31 anos, foi detida no DF ao tentar entrar no Complexo Penitenciário da Papuda. Ela alegou estar no local para um atendimento e foi submetida ao scanner corporal, que identificou as drogas em seu corpo.
Os três detentos do Presídio do Distrito Federal II (PDF II) que receberiam as porções de droga da advogada também foram levados a audiência e enfrentarão um novo processo criminal. Erica Fernanda foi encaminhada à 30ª DP de São Sebastião após sua prisão.
A "Doutora do Pó"
A advogada Erica Fernanda Rodrigues dos Santos Moraes, de 31 anos, foi pega em flagrante após um cão farejador conduzir os policiais até ela. Os agentes identificaram uma substância suspeita com a moça. Enquanto estava na fila para a revista, Erica tentou mudar para outra fila que levava à entrada do presídio, na tentativa de despistar o cão, mas não teve sucesso. O animal apenas deitou no chão, indicando a presença de drogas.
Após o Raio-X e observações adicionais, os agentes constataram que Erica carregava em sua vagina cerca de 99g de uma substância semelhante à maconha e 25g de outro elemento parecido com cocaína. A carteira da advogada da subseção da cidade de Gama foi suspensa cautelarmente por 90 dias pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e os autos foram encaminhados ao Tribunal de Ética para apuração dos fatos, respeitando o devido processo legal e a ampla defesa.
Advogada é detida na Penitenciária da Papuda no DF após Raio-X mostrar que carregava drogas em sua parte íntima. (Foto: Reprodução / Polícia Penal)
Confissão
Depois de ser abordada pela equipe de policiais responsáveis pela revista e segurança do presídio, ela foi convidada a passar pelo scanner corporal. Erica se entregou após aceitar o convite. Segundo os policiais, Erica só confessou após saber que teria passaria pelo Raio-X, o qual confirmou a posse das drogas em sua genitália. Durante a revista íntima, foram retiradas 40 porções de maconha e cinco de cocaína.
A decisão do juiz concedeu a ela liberdade provisória, impondo várias medidas cautelares. Entre elas, a proibição de sair do Distrito Federal (DF) por 30 dias, a proibição de mudar de endereço sem aviso prévio ao juiz e foi fortemente proibida de entrar na Papuda.
Foto destaque: drogas que estavam escondidas com advogada. Reprodução/Polícia Penal do DF