O líder do grupo mercenário Wagner anunciou, no começo desta tarde (24), que desistiu da rebelião contra Vladimir Putin. Segundo ele, existiam muitas vidas ameaçadas no combate.
As tropas do grupo já se retiraram do local em que estavam acampadas. Yevgeny Prigozhin, ordenou que seus soldados voltassem para as bases ucranianas.
O presidente de Belarus intermediou a negociação. Alexander Lukashenko divulgou um áudio em que Prigozhin confirmava ter concordado com a rendição.
O líder do grupo Wagner ainda não veio a público confirmar o acordo, mas imagens aéreas flagraram as retiradas das tropas de mercenários. O acordo foi confirmado pelo governo russo.
O governo brasileiro não chegou a se pronunciar sobre o assunto. Segundo o presidente Lula, ele preferia se informar antes de transmitir qualquer opinião.
A rebelião durou menos de 24 horas. Mesmo assim, foi considerada a pior crise política em quase 25 anos do governo de Vladimir Putin.
Vladimir Putin (Foto: Reprodução/ Instagram)
O grupo Wagner foi fundado em 2014 e sempre apoiou o Kremlin. Eles ajudaram o governo a tomar territórios ucranianos neste mesmo ano.
Já na guerra da Ucrânia os mercenários foram usados para tomar a linha de frente na batalha. O grupo Wagner é responsável pelas vitórias nas cidades de Bakhmut e Soledar.
As sanções dos países mais ricos do mundo contra a Rússia por causa da guerra afetaram as finanças dos mercenários. Yevgeny Prigozhin precisou recrutar prisioneiros e civis russos para expandir o grupo durante a guerra.
Apenas na Ucrânia existem 20 mil membros do grupo Wagner. O interessante é que, a Constituição russa proíbe a existência de grupos militares privados. O governo russo, no entanto, declara que o grupo é uma segurança armada ao local privada.
A Rússia tem contratado o grupo para atuar em explorações na África. Os mercenários têm influenciado na política de países africanos e atuado em alguns conflitos. O número de grupos mercenários tem aumentado no mundo, graças à procura de alguns países pelos serviços.
Foto Destaque: Guerra. Reprodução/ Pixabay