Em 13 de julho de 1990 entrou em vigor a Lei n.º 8.069, que proíbe a venda de bebida alcoólica ou produtos que possam causar dependência química a menores de idade. Mas mesmo sendo proibido aos comerciantes, a venda acontece. Nove em cada dez menores tem fácil acesso a esses produtos, principalmente o cigarro. 90% dos jovens de 13 a 17 anos conseguem fazer compra em padarias, cafeterias, bancas de jornal, bares e supermercados.
O tabagismo na adolescência é considerado a dependência mais comum na fase de transição da adolescência, para a adulta. Acontece, principalmente, sob influência do grupo social e familiar.
Segundo dados da Pesquisa Especial sobre Tabagismo (PETAb), conduzida pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2008, 58,3% dos fumantes e ex-fumantes diários de 20 a 34 anos iniciaram o hábito com idades entre 15 e 19 anos; já 19,6% começaram a fumar diariamente com menos de 15 anos.
Componentes químicos encontrados no cigarro. (Foto:Reprodução/ drjosiascavalcante.com.br)
É o precursor para o aparecimento de doenças cardiovasculares, bronquite e câncer; o uso do tabaco pode levar a problemas de saúde mental, como depressão, transtornos de humor e esquizofrenia — caracterizada por alterações de comportamento e episódios de psicose.
Na adolescência, o corpo e o sistema nervoso ainda estão em formação e desenvolvimento. Por isso, o uso precoce de cigarro e outras drogas ilícitas as quais o uso de cigarro acaba levando, pode trazer graves prejuízos à saúde ao longo de toda a vida.
Há uma falta de fiscalização que infelizmente leva os jovens a ter esse fácil acesso. A responsabilidade deveria ser compartilhada entre governo e população estimulando à realização de prevenção da iniciação ao consumo de drogas. É fundamental para a adoção de políticas públicas que promovam ações educativas aos adolescentes, familiares e amigos.
Foto destaque: Adolescentes usando cigarro
Reprodução/ Hospital Santa Monica.