A castração é um dos procedimentos mais comuns para animais domésticos no Brasil, sendo inclusive altamente recomendado por médicos veterinários por trazer muitos benefícios para o pet, como o aumento da expectativa de vida e a prevenção de doenças transmitidas entre animais e humanos. Apesar de ser um procedimento muito realizado, alguns mitos ainda persistem sobre as consequências da castração e a revista 'Casa e Jardim' trouxe especialistas para desmistificar o assunto:
Procedimento é recomendado para todos os cães e felinos (Foto: Reprodução/Freepik)
A castração deixa o cão mais calmo?
Uma ideia muito comum sobre o procedimento é que ele deixará o cão mais calmo, no entanto, especialistas explicam que não é tão simples assim. Isso porque a castração tem impacto importante na produção hormonal do animal já que ela retira órgãos sexuais e afeta os níveis testosterona em machos e estrogênio e progesterona em fêmeas.
Essa alteração hormonal obviamente tem impactos no pet, tanto fisicamente como em seu comportamento. Existe a tendência de que o animal fique mais calmo, já que a falta de hormônios sexuais afeta seu comportamento. O que é mito no assunto é que todo pet reagirá da mesma forma, já que o comportamento territorialista ou agitado não é exclusivamente ligado a hormônios, podendo ser uma prática comportamental adquirida com o tempo. Nesse caso, o pet mudará o comportamento se a conduta estiver estritamente ligada a questão hormonal.
Castrar causa obesidade?
A médica-veterinária Rosane Costa explicou ao 'Casa e Jardim' que a falta de hormônios sexuais afeta a disposição do cão para atividades físicas, e, quando a castração causa mudança comportamental, o animal também ficará mais calmo e criará tendência de se movimentar e brincar menos. A profissional recomenda que o tutor do pet adote rações com menor valor calórico e estimule atividades físicas.
Quando é preciso castrar?
A castração é recomendada para todos os cães, sendo sugerida em fêmeas após o primeiro cio e antes do segundo. Já em machos, ela é recomendada após o animal completar um ano. Costa atenta para o fato de que a realização do procedimento antes do período adequado pode gerar consequências negativas para a saúde do cão, principalmente em fêmeas, "Isso acontece justamente porque, para que o organismo e corpo se desenvolvam direito, os hormônios sexuais são necessários. E como serão retirados os ovários e útero, ela não irá produzir mais os hormônios"
Apesar da recomendação, é necessário destacar que cada animal e cada raça apresenta particularidades, sendo crucial que o médico-veterinário do pet determine em que fase da vida o procedimento será indicado.
Foto destaque: Cão. Reprodução/Pixabay