Djando e Amira, dois leões que vivem no zoológico de São Paulo, o Zoo SP, desde agosto de 2016 e maio de 2018, respectivamente, passaram por uma série de estudos genéticos a fim de determinar sua árvore genealógica para que pudessem se reproduzir e originar filhotes saudáveis; De acordo com o biólogo chefe do Zoo Safári de São Paulo, Ariel Tandello, essas análises servem para dar continuidade ao programa de conservação mantido pelos zoológicos.
Leões no zoológico de São Paulo. (Foto: Reprodução/g1 São Paulo/Divulgação)
A análise só obteve êxito graças ao programa “Species360”, que faz uma compilado de informações a respeito dos animais que vivem nos mais de 6 mil zoológicos espalhados pelos 90 países cadastrados.
“Só conseguimos realizar essa análise genealógica, da Amira e do Django, porque somos membros do Species360, uma plataforma científica de gerenciamento de dados dos animais que moram em mais de mil zoológicos em 90 países. É um dos principais instrumentos utilizados para indicar o histórico de parentesco de cada um dos leões mantidos sob cuidados humanos", explicou o biólogo da instituição. “Com base nas suas informações é possível saber, por exemplo, onde nasceram e viveram os antepassados. Dessa forma, os filhotes serão geneticamente saudáveis e poderão dar sequência a programas de conservação,” finalizou Ariel.
O resultado das análises de Django e Amira foi como o esperado pela equipe do Zoo SP, abrindo portas para a ampliação da espécie o espaço. Foi então que, em 26 de novembro do ano passado, os dois filhotes nasceram.
Amira e seus filhotes, Zoo SP. (Foto: Reprodução/g1 São Paulo/Divulgação)
Desde o nascimento dos pequenos, Amira e seus filhotes encontram-se isolados, sem receberem visitantes.
“O motivo de ainda não ter interação humana é para manter o hábito das leoas de se isolarem nos primeiros meses. A mãe precisa se sentir tranquila e ter sensação de segurança. Então, nem a minha visita é demorada. Apenas para alimentação e limpeza do local,” explicou o biólogo.
A previsão é que até o meio deste ano a família estará reunida e poderá ser vista da área de visitação.
De acordo com o site de notícias g1 São Paulo, neste último sábado (21), os visitantes puderam acompanhar, por meio de um telão, as imagens obtidas através das câmeras de monitoramento instaladas no recinto exclusivo onde estão mãe e filhotes.
Zoológico de São Paulo – Especialista em reprodução de espécies
Ainda de acordo com o site g1 de notícias, durante seus quase 65 anos de funcionamento, o Zoo SP já teve êxito na reprodução de 15 das 38 diferentes espécies de felinos silvestres existentes no mundo, tornando-se referência mundial nesse trabalho.
A experiência de anos permitiu ao Zoo SP tornar-se, em 2023, a única instituição na América do Sul a fazer parte do “Programa Europeu de Conservação ex situ do tigre-de-sumatra (Panthera tigris sumatrae)”, coordenado pela Associação Europeia de Zoológicos e Aquários (EAZA).
O conhecimento obtido através da análise genérica para fins reprodutuvos e manutenção da espécie foi utilizado na elaboração de protocolos de manejo e reprodução que compõe um dos alicerces do Plano de Ação Nacional para conservação de pequenos felinos, sob coordenação do ICMBio, vigente desde 2014.
Serviço
- Aberto todos os dias, das 9h às 18h (bilheteria encerra às 17h);
- A partir de 1º de fevereiro, volta o horário normal de fechamento, às 17h (bilheteria encerra às 16h);
- Valor da entrada no Zoológico: R$ 69,90 reais (inteira) e R$ 34,95 (meia-entrada);
- Compras antecipadas: www.zoologico.com.br;
- Crianças até 4 anos têm gratuidade. E crianças de 5 a 12 anos pagam meia-entrada;
- Zoo: Av. Miguel Stefano, 4241, Água Funda.
Foto destaque: Leoa e seus filhotes, zoológico de São Paulo. Reprodução/g1 São Paulo/Divulgação.