Os pinguins-reais podem ser as mais novas vítimas das mudanças climáticas. As idas para a Baia dos Marítimos, na Ilha Possessão, França, parar reprodução correm risco de não aconteceram mais.
Todos os anos em dezembro os pinguins reais começam uma viagem até um local seco e seguro para os seus ovos, durante anos a Baia dos Marítimos era o local ideal para esta jornada, mas as mudanças climáticas estão mudando isto.
Pinguins-reais cuidando dos seus filhos na Ilha Posessão. Celine Bohec/CNRS/IPEV/CSM
Parte da escolha da Baia dos Marítimos acontece porque o local fica a uma distância considerável da frente polar, área do Oceano Índico onde ocorre o encontro das águas quentes e frias. Porém, ocorre mudanças de distância quando o ano fica mais quente, por exemplo, no sul de Crozet a frente polar fica a 350 quilômetros, mas em anos mais quentes a distância de 750 quilômetros, uma grande distância para os pinguins percorrerem para a reprodução e alimentação de seus filhotes.
Este mesmo aumento da distância da frente polar, aumentar as chances de os pinguins terem que se mudar de Crozet para ilhas mais ao sul. O que irar causar um grande impacto para a espécie, já que metade dos casais de pinguins-reais se reproduzem em Crozet.
Já existem estudos que apontam que os pinguins-reais não correm risco de extinção por pelo menos 50 anos, mas especialistas apontam que esta mudança de rotina pode acarretar mudanças significativas em sua vida.
A reprodução da espécie acontece em novembro, quando os machos e as fêmeas chegam ao local. Após as fêmeas botarem o ovo, o casal se dividi entrem em si para se alimentarem e tomarem conta dos ovos, podendo ficar até um mês sem comer enquanto o outro estar fora.
Os jovens pinguins são alimentados até maio, em seguida passando o inverno em jejum. Quando completam 12 meses, os jovens pinguins deixam a ilha para se alimentarem.
Foto destaque: Pinguins-reais na ilha Possessão. Celine Bohec/CNRS/IPEV/CSM