Uma espécie de aranha gigante nativa da Ásia, que no ano passado tirou a paz de moradores dos estados da Geórgia e da Carolina do Sul, mais uma vez é assunto entre a população estadunidense, mas dessa vez com um adicional de que, em breve pode se espalhar ainda mais pela costa leste dos Estados Unidos, chegando inclusive à cidade de Nova York. Mesmo se reproduzindo nos estados mais quentes do país, por quase dez anos, a aranha joro - que cobre a palma da mão de um homem adulto - poderá colonizar regiões com climas mais frios, afirmam cientistas.
Elas lançam suas teias de cor dourada sobre as árvores, linhas de energia, plantações e até em varandas de casas. Na Geórgia, há relatos de pessoas que afirmam ter encontrado teias de até três metros de profundidade no quintal de suas casas. Apesar de possuir veneno, as "joro spiders" não são assassinas, sua picada nem ao mesmo é forte para penetrar a pele humana ou de animais de estimação. Sequer, são consideradas uma ameaça à ecologia, por isso não há grandes esforços para conter seu avanço. Inclusive, são consideradas fonte de alimento para diversos predadores, como pássaros e lagartos.
"As pessoas devem aprender a viver com elas", Andy Davis (Foto: Reprodução/Globo)
Uma das vantagens dessa aranha é seu metabolismo, considerado mais acelerado e eficaz do que muitas outras da espécie, o que a ajuda a suportar baixas temperaturas e auxilia no seu deslocamento para regiões mais frias. Outra razão que possibilita seu afastamento é a 'habilidade' para viagens. Segundo os cientistas, os filhotes praticam algo parecido com "balonismo", uma artimanha que eles criaram - com de seda de teia - para carregá-los com ajuda do vento para novos locais.
O pesquisador Andy Davis disse em um dos seus comunicados que as pessoas deveriam tentar aprender a viver com elas, pois, não importa o que você faça, elas sempre estarão de volta no próximo ano.
Foto Destaque: Aranha asiática. Reprodução/Um só planeta