Mundo Animal

Estado do Piauí aprova o deslocamento aéreo de um filhote de peixe-boi que ficou preso em uma praia na costa

Filhote de peixe-boi encalhado no litoral do Piauí é autorizado para transporte aéreo após decisão judicial. Preocupações surgem sobre contrato de táxi aéreo.

18 Jun 2023 - 12h15 | Atualizado em 18 Jun 2023 - 12h15
Estado do Piauí aprova o deslocamento aéreo de um filhote de peixe-boi que ficou preso em uma praia na costa Lorena Bueri

No último sábado (16), o governo do estado do Piauí, autorizou o transporte aéreo de um filhote fêmea de peixe-boi, depois da declaração da justiça que determinou o prazo de 24 horas para a remoção do animal do Piauí para Pernambuco. Foi disponibilizado um avião para o deslocamento. A peixe-boi acabou encalhando no litoral e ficou 10 dias sob cuidados de biólogos. O deslocamento será feito para a segurança do animal. 

A coordenadora da Comissão Ilha Ativa, a renomada bióloga Liliane Sousa, esclareceu que o governo do estado não havia disponibilizado os meios necessários para tal empreitada. A filhote ficou presa duas vezes em menos de 24 horas, mas foi resgatada no último dia 9, em uma praia do litoral do Piauí. 

Segundo informações divulgadas pela ONG Comissão Ilha Ativa, a Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) não esclareceu se o contrato com a empresa de táxi aéreo responsável pelo transporte do filhote de peixe-boi estava vigente. A denúncia levanta questionamentos sobre a possível falta de cobertura contratual, o que teria dificultado a transferência imediata do animal para um local seguro. "Se não for transportado de forma rápida para o centro especializado, poderá vir a óbito (...) No momento, o filhote encontra-se clinicamente apto para o transporte, o qual precisa ocorrer por via aérea, salvo contrário levando grande risco ao animal.” Segundo o laudo veterinário.


Filhote de peixe-boi encanhado/G1/Reprodução


De acordo com o Juiz José Cláudio Diógenes Porto, da Vara Única da Comarca de Luís Correia, se a decisão não fosse cumprida no prazo de 24 horas, o estado teria que pagar R$ 5 mil de multa por cada dia que o animal continuasse naquelas condições. 

Após o episódio, a equipe de resgate do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), divulgou algumas instruções caso alguém encontre espécies marinhas presas na costa: 

  1. Priorizar a avaliação veterinária;
  2. Proteger o animal do sol;
  3. Abster-se de oferecer água e alimentos;
  4. Manter o animal molhado com cuidado;
  5. Contatar o ICMBio imediatamente.

Foto destaque: Peixe-boi/Banco de imagens/Divulgação

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