A enguia elétrica, peixe-elétrico ou poraquê como é mais conhecido aqui no Brasil, é uma espécie muito curiosa dentre os seres que habitam na água. Alguns desses peixes podem chegar a medir aproximadamente dois metros de comprimento e pesar cerca de 20 quilos.
O formato deste peixe também se difere bastante das outras espécies dos peixes, pois possuem um formato cilíndrico, muito semelhante a aparência das serpentes, é coberto por uma gosma escorregadia e pode gerar uma carga elétrica que varia de trezentos volts até cerca de quase 900 volts.
Atualmente, as enguias elétricas sofreram uma redução massiva de sua espécie, desde 1980, perdendo mais de 95%, já considerando um risco crítico de extinção, o maior nível de ameaça.
Na península ibérica, que abrange a Espanha, Portugal, e outros territórios, perdeu cerca de 85% dos peixes-elétricos, o principal motivo dessa redução é consequência da construção de barreiras de represas. Outro grande fator para essa extinção, é que antigamente, a pesca de enguias em algumas regiões da Espanha era comum, principalmente em Palencia, Soria e em Albacete.
Além disso, as represas instaladas nos rios até permitem a passagem das enguias, no entanto, o caminho até a chegada para o mar não é nada fácil, pois elas devem enfrentar algumas sequências de turbinas geradoras de eletricidade, o que resulta na morte da maioria delas que tentam chegar ao oceano.
O Conselho Internacional para a Exploração do Mar, ICES na sigla em inglês, fez uma proposta de proibição completa da pesca dos peixes-elétricos em todos os habitats, em todas as fases da vida e pediu a interdição da exploração em qualquer propósito de sua pesca, a partir de 2023.
O mercado asiático tem costume de consumir enguias, o que também afetou na existência dessas espécies, fazendo com que aumentassem a exportação ilegal desses peixes do mercado europeu e americano, por conta da margem de lucro e fácil distribuição.
Foto Destaque: Enguia elétrica. Reprodução/Pixabay
