Um cercado pequeno, localizado na praia de Itaparica, em Vila Velha, Espírito Santo, revela a presença de um ninho de tartaruga da espécie gigante ou de couro, que atualmente encontra-se na lista de extinção. A curiosidade para ver os ovos, o nascimento e o momento que os animais vão para o seu lar de origem é grande, porém o analista ambiental Giovani Danbroz, explica que filmagens ou aproximação humana no momento da desova das podem pôr em risco os animais marinhos.
O ambientalista informou que o contato humano na hora da postura dos ovos pode acarretar no afastamento dos animais e consequentemente diminuir o número da espécie na região. Até a luz do celular utilizada durante as filmagens, podem estressar os animais.
"O ideal é manter a distância e não se aproximar, não ligar a luz do celular que possa vir incomodar o animal, deixar o animal seguir o percurso dele e observar de longe para que o animal consiga fazer o seu papel na natureza, desova e se reproduzir o seu eu".
O pesquisador da Fundação do Projeto Tamar, Rafael Kuster Gonçalves, explica que cinco espécies de tartarugas marinhas existentes no Brasil, fazem a desova no litoral do Espírito Santo. A orientação é nunca encostar e evitar ao máximo se aproximar dos animais.
"Lembrar sempre que os animais são lindos, mas são selvagens. São lindos, são carismáticos, dá vontade de tocar, mas o ideal é observar a distância esses animais".
Projeto Tamar, Vitória ES (Foto/Reprodução: Projeto Tamar)
Aqueles que desejam ver as tartarugas de perto, mas sem incomodar os animais, podem visitar o projeto Tamar, localizado na Enseada do Suá.
Ali é possível observar os filhotes e os animais em fase adulta e também é ensinado sobre a prevenção dos mesmos.
O projeto conta com quatro espécies diferentes, tartaruga-verde, tartaruga cabeçuda, tartaruga Oliva e tartaruga-de-pente. O projeto fica aberto de quarta a domingo e funciona de 10 às 17 horas. O ingresso é comprado na bilheteria localizada.na entrada do projeto.
Foto Destaque: ninho de tartaruga em praia do Espírito Santo (créditos: Projeto Tamar)