É possível observar durante algumas épocas do ano um grande número de biguás, uma espécie de voo sincronizado. Esse comportamento encanta a todos e chama a atenção de especialistas e pesquisadores que estudam as aves.
O biólogo Luciano Lima explica que assim como outras aves aquáticas o biguá faz uma rota migratória, por isso podemos ver esse lindo balé em alguns períodos do ano.
"A formação de grandes bandos de biguá parece estar associada a movimentos migratórios de longas distâncias. Além disso, em algumas épocas do ano, especialmente após o período reprodutivo, os biguás costumam se deslocar em grandes bandos entre as áreas de dormitório e de alimentação, formando essas fileiras, que em algumas regiões são chamadas de cordas", afirma o biólogo.
Segundo Luciano esse tipo de voo é bastante frequente e o número de aves pode sofrer alteração dependendo da época do ano, explica que durante o período reprodutivo a rotina dos biguás, a necessidade de alimentar os filhotes fazem com que essas aves procurem alimento diversas vezes ao dia.
Nannopterum brasilianum é o nome científico dado ao biguá, a ave de coloração preta possui o pescoço e o bico longo e fino, podendo medir de 58 a 73 cm de comprimento. O animal se destaca pela alta atuação de mergulho em busca de alimentos.
Biguá ave aquática migratória. Foto: Reprodução/Ger Bosma Photo.
Durante o acasalamento as aves apresentam um verdadeiro espetáculo macho e fêmea em busca de um parceiro. Após o ato de reprodução o macho escolhe o local do ninho e busca os materiais para que a fêmea possa construí-lo, os ovos de coloração azulada são chocados por 26 dias e a alimentação é feita pelos pais até os três meses de vida.
É possível encontrar essa espécie de ave aquática em todo o Brasil, sendo conhecida por outros nomes, como: biguá-una, mergulhão, urubu-d'água e corvo-marinho.
Foto Destaque: Biguás em vôo migratório. Reprodução/Site aves e árvores.