Após grande risco de extinção, cavalos-marinhos foram vistos durante essa semana, no litoral do Rio de Janeiro e outras cidades do estado. Esse crescimento foi observado pelo Projeto Cavalos-Marinhos do Rio de Janeiro, que é resultado de uma parceria entre a Universidade Santa Úrsula e diversos institutos de estudos relacionados a vida marinha, com quase 20 anos de atuação.
O projeto conta também com participação de pescadores da região e tem como objetivo monitorar a vida dos cavalos-marinhos em diversos lugares como praias e costões cariocas, mas também, regiões improváveis, como as baías de Guanabara e Sepetiba, que apresentam altos índices de poluição.
Com seus tons de amarelo, rosa, branco, laranja, vermelho e marrom, esses animais são como bioindicadores de qualidade ambiental, devido a sua grande sensibilidade no ecossistema no qual estão inseridos. Para a bióloga Natalie Freret-Meurer, coordenadora do Cavalos-Marinhos do Rio de Janeiro, a volta desses animais no território carioca indica, que a qualidade das águas está melhorando, mas não somente isso. “O cavalo-marinho é um indicador de esperança, demonstra que a salvação é possível”, disse, em entrevista ao jornal O Globo.
Pequenos, esses animais medem entre 12 e 21 cm (Foto: Divulgação/ Custódio Coimbra/ Agência O Globo)
Na Baía de Guanabara, em 2015, a média era de dois cavalos-marinhos a cada 400 metros quadrados. Três anos depois, o registrado era de oito peixes por essa mesma distância. No ano de 2021, o observado era de 13 cavalinhos na área. Porém, para que os números continuem a subir, de acordo com a cientista, é necessário educar a população em geral, que muitas vezes, tentam capturar o animal. “Emociona mergulhar ao lado desses animais tão pacíficos. Mas, para que essa alegria seja de todos, algumas pessoas não podem capturá-los para confiná-los em aquários. São animais selvagens, pertencem ao mar”, alertou Natalie.
A notícia da volta do aparecimento desses cavalos, alegrou a comunidade bióloga, já que o animal presta um grande serviço ambiental, pois consegue impedir que a microfauna devore as algas e o fitoplâncton dos quais depende o equilíbrio dos mares.
Foto Destaque: Dois cavalos marinhos em um aquário Créditos: Divulgação/ Shutterstock/ Studio 37