A cúpula da União Europeia concluiu na noite de segunda-feira (30), o acordo sobre o embargo ao petróleo russo. O projeto faz parte do sexto pacote de sanções do conselho europeu contra o governo de Vladmir Putin e em favor a Ucrânia. Mudança repercutiu na Opep, Organização dos Países Exportadores de Petróleo.
O presidente do Conselho da UE, Charles Michel, descreve o embargo como necessário. Segundo ele, “mais de 2/3 das importações de petróleo da Rússia, cortando assim um grande recurso com o qual Moscou financia a sua máquina de guerra”. Em seu Twitter, Michel continua: "Pressão máxima para a Rússia acabar com a Guerra".
Já o presidente ucraniano comemora sanções. Volodymyr Zelensky disse hoje, dia 31, em evento transmitido pelo Telegram: "Finalmente, temos os detalhes do sexto pacote de sanções da União Europeia contra a Rússia por esta guerra. Os elementos-chave do pacote já estão claros e, acima de tudo, sua direção" Ele continua, afirmando que "O resultado prático são dezenas de bilhões de euros a menos que a Rússia não pode usar agora para financiar o terrorismo"
Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia. Foto: Reprodução/AFP
As novas sanções preveem também a exclusão do sistema europeu Swift do Sberbank, principal banco de crédito da Rússia, e punições também abrangem três emissoras estatais e outras pessoas sinalizadas por crimes de guerra.
A partir de agora o mercado europeu passa a focar a compra de petróleo dos solos africanos, de onde a Índia diminuiu quase pela metade as importações entre março e abril e passou a comprar justamente da Rússia.
Embora a região tenha sido alvo de mudanças desde 2017 por conta dos Estados Unidos, a decisão marcou uma grande virada para o mercado. Agora, os russos focam novamente para o oriente, fortalecendo principalmente seus laços com a China e com a Índia. No mês passado, a Ásia ultrapassou a Europa e se tornou o continente que mais compra de Moscou.
A Opep, com tais notícias, sinaliza uma possível suspensão da Rússia de acordos de produção de petróleo. Segundo a instituição, o embargo dificultaria o país a produzir a matéria-prima e agora passariam a investir em países como a Arábia Saudita e os Emirados Árabes.
Foto Destaque: Bandeiras da Rússia e da União Européia. Reprodução: Sputnik / Sergei Guneev