Ontem (17), a mundialmente conhecida montadora de automóveis Toyota anunciou a redução da meta de produção global no mês de abril em 150 mil veículos, para 750 mil, na estreia da escassez de semicondutores e da pandemia. A informação foi divulgada uma semana após a empresa dizer que irá reduzir a produção doméstica em até 20% durante os próximos meses de abril, maio e junho, para assim aliviar a pressão sobre os fornecedores que lutam contra a escassez de chips e outras peças. No último ano, também foi interrompida a produção no Japão pelo mesmo motivo.
“Ainda é difícil prever a situação com vários meses de antecedência, e existe a possibilidade de que o plano atual seja revisado para baixo”, afirmou a empresa através de um comunicado.
A produção global mensal em média para este período do mês de abril a junho seria de cerca de 800 mil veículos, informou a Toyota. Com isso, a produção global mensal cairá em 10% no mês de maio e em 5% no mês de junho. Essa relação é referente às estimativas feitas anteriormente no início do ano, segundo o executivo da Toyota, Kazunari Kumakura.
Presidente da Toyota Akio Toyoda. (Foto: Reprodução/ The Asahi Shimbun/ Getty Images
A escassez fez com que a montadora tivesse que alterar diversas vezes o plano de produção, frustrando fornecedores e levando o presidente Akio Toyoda chamar o intervalo para os meses de abril a junho de um período de “arrefecimento intencional”. Contudo, não é só a escassez de chips que a Toyota vem enfrentando. A empresa também tem outros desafios ligadas à pandemia do coronavírus, que a forçaram a suspender uma joint venture com o grupo FAW, da China.
A empresa também citou os obstáculos logísticos que vem enfrentando ao suspender uma fábrica na Rússia, em meio à incerteza política provocada pela invasão da Ucrânia. Segundo Kazunari, esses fatores não foram refletidos no plano de produção global de abril a junho, e acrescentou que embora a Toyota ainda não tenha sofrido grandes impactos da crise na Ucrânia, analisará os riscos de curto e longo prazo.
Foto destaque: Concessionária Toyota. Reprodução/Rodolfo Buhrer/ Gazeta do Povo