O Santander planeja movimentar cerca de R$ 2 bilhões em negócios durante a Agrishow em Ribeirão Preto (SP), a maior feira de tecnologia agrícola do Brasil. A instituição financeira deseja oferecer crédito aos produtores antes mesmo de eles irem às compras.
Banco Santander espera movimentar 2 bilhões na Agrishow. (Reprodução/ DepositPhotos)
Em 2022, o banco movimentou aproximadamente US$ 1,4 bilhão na feira. Em março, o Santander tinha uma carteira de R$ 40 bilhões destinada ao agronegócio e espera atingir a marca de R$ 50 bilhões até o final do ano.
Os principais negócios fechados na Agrishow serão garantidos por uma linha de taxa pós-fixada. O banco abriu a feira com R$ 200 milhões em negócios já fechados após realizar visitas aos clientes no interior de São Paulo. O Santander espera que essa abordagem incentive os produtores a comprar à vista e fazer crédito com a instituição financeira. Os negócios fechados não terão comissão (taxa flat), o que incide sobre o valor total da compra.
Devido às condições econômicas e da safra, o Santander está enfatizando o financiamento de longo prazo com taxas pós-fixadas. Essa modalidade de crédito proporciona mais segurança e previsibilidade na produção agrícola.
O banco está investindo em seu modelo de consórcio, que oferece uma taxa de 11,25% para operações fechadas com prazo entre 48 e 92 meses. Apesar de alguns produtores rurais apresentarem resistência a essa modalidade, o banco acredita que seu pacote é vantajoso e pode ajudar a reduzir essa resistência.
No momento, muitos produtores de soja e milho estão segurando suas produções por conta de que os preços estão próximos dos custos de produção. Eles esperam por preços melhores nos próximos meses e isso dá fôlego às operações.
O objetivo do banco é oferecer suporte aos clientes no curto prazo. O Santander também está realizando um piloto para o Novo Seguro Safra no interior de São Paulo, enquanto aguarda o Plano Safra, que é anunciado todos os anos até o final de junho. O executivo acredita que pode haver uma queda nos valores elegíveis de pelo menos 2% no próximo período, devido à queda dos recursos subsidiados.
Foto destaque. Banco Santander. (Reprodução/ Istock)