Depois de um longo tempo e pressão por ajustes ao ambiente externo mais difícil por causa da guerra na Ucrânia, a moeda Real volta a ostentar ganhos diante do dólar e de outras moedas, com as expectativas de que se beneficie da capacidade de novos fluxos de investidores que se afastam da Rússia.
Na última quinta-feira (03), a divisa brasileira teve um salto de 1,7% diante do dólar, se aproximando da linha psicológica a dos 5 reais por dólar e nos maiores níveis desde o mês de julho do último ano. Já contra o euro, o real subiu em 2% na sessão de ontem, indo a 5,55 reais por euro, tendo também um crescimento desde o mês junho de 2020.
Notas de 5, 10, 20, 50 e 100 reais. (Foto: Reprodução/ Suno)
O real, a moeda brasileira, ganhou 2% a frente da libra, sendo 6,70 reais por libra, atingindo a máxima desde o fim do ano de 2020. O real ainda subiu 1,4%, sendo 22,97 ienes, tendo um dos maiores valores diante da divisa japonesa desde o mês de março de 2020, o mês que ficou marcado pelo início da pandemia do coronavírus.
Nesta última sessão, a moeda doméstica avançou entre 1,1% e 1,9% contra as moedas da Australia, Canadá e Nova Zelândia, frente aos quais variava em torno dos maiores valores desde o segundo semestre de 2020. Agora, contra o rublo russo, o real teve um salto de 13,2% na sessão, tendo picos desde o mês de fevereiro de 2015. Também foi destaque a divisa contra seus pares latino-americanos, tendo alta de 1,8% contrapeso mexicano, de 0,4% diante do peso chileno e de 0,9% em relação ao sol peruano.
Contudo, a única moeda a qual o real teve queda foi o peso colombiano. O real tinha baixa de 0,6%, com o peso tendo salto de 2% a frente do dólar e para o topo do ranking de melhores desempenhos da sessão, desenvolvendo altos preços do petróleo, produto de grande importância na pauta de exportação colombiana.
Foto destaque: Real volta a ostentar diante do dólar e outras moedas. Reprodução/ Shutterstock