O secretário de Estado americano chega à China neste fim de semana com o clima tenso. O motivo são as declarações do porta-voz chinês no último dia 16.
“Esta não é a chamada competição responsável, mas um comportamento hegemônico extremamente irresponsável que apenas levará a China e os EUA ao confronto”, declarou ontem, Wang Wenbin.
Anthony Blinken não chegou à China com grandes expectativas. Isto porque, mesmo antes das declarações ele já tinha conversado com o porta-voz chinês por telefone.
O diretor do Centro de Estudos Americanos da Universidade Fudan, Wu Xinbo, tenta explicar as tensões atuais entre os países. “O governo Joe Biden primeiro se concentrou em unificar aliados e assumir uma posição de Guerra Fria contra a China, mas agora os EUA mostraram sua vontade de viabilizar a visita para relançar os intercâmbios de alto nível na próxima fase”.
EUA X China (Reprodução/ Pixabay)
Hoje pela manhã, o líder chinês recebeu Bill Gates. Ele deixou bem claro o clima de animosidade para a recepção com o secretário de Estado americano. “Você é o primeiro amigo americano que encontrei em Pequim neste ano”, disse Xi Jinping durante a transmissão na televisão chinesa.
Bill Gates foi à China como gesto de reaproximação. Em maio, Elon Musk também visitou o país, que esteve fechado até o começo deste ano, por causa da COVID.
Fazia cinco anos que um representante do governo dos Estados Unidos não visitava a China. A principal intenção de Anthony Blinken é negociar a dívida de países pobres e apoio para negociar o fim da guerra entre Rússia e Ucrânia. Já a China quer questionar a aproximação de políticos dos EUA com Taiwan.
A China precisa urgentemente resolver a crise na área de Construção Civil do país. O setor é responsável por 4% do PIB nacional e o governo vem negociando apoio estrangeiro para a recuperação.
Foto Destaque: EUA X China. Reprodução/ Pixabay