Nokia, a fabricante de equipamentos para telecomunicações, está de saída do mercado russo, essa informação foi confirmada pelo presidente-executivo da companhia.
Após isso, a empresa avança além em relação a rival Ericsson, que na última segunda-feira (11) informou a suspensão de negócios no país por tempo indeterminado.
A empresa ainda informou que, com isso, realizou uma provisão de 100 milhões de euros em seu balanço relativo ao primeiro trimestre de 2022.
Depois da invasão a Rússia no território Ucraniano, no dia 24 de fevereiro, e também após algumas sanções de países do Ocidente contra Moscou, centenas de empresas estrangeiras contaram laços com o país.
A invasão russa na Ucrânia ocorreu no dia 24 de fevereiro deste ano. (Foto: Reprodução/ Reuters/ Carlos Barria)
Enquanto diversos setores, incluindo o de telecomunicações, não foram incluídos em parte das sanções por questões humanitárias, a Nokia afirmou que sair da Rússia para a empresa é a única opção.
“Simplesmente não vemos qualquer possibilidade de continuar no país sob as atuais circunstâncias”, afirmou Pekka Lundmark, presidente-executivo da Nokia.
Empresas chinesas como Huawei e ZTE possuem uma parcela grande de negócios na Rússia diferentemente da Nokia e da Ericsson que possuem um digito percentual baixo.
Logo da empresa Ericsson. (Foto: Reprodução/Divulgação/ Ericsson)
A Rússia também vem elevando tensões com a Finlândia e a Suécia, por esses países respectivamente abrigarem as sedes da Nokia e Ericsson, por causa do interesse desses países em aderirem à aliança militar encabeçada pelos Estados Unidos, a Otan.
Com a decisão da Nokia sair da Rússia, vai acabar afetando cerca de 2 mil funcionários e alguns deles podem receber ofertas de trabalho na empresa em outras partes do mundo, informou Pekka. A empresa ao todo tem cerca de 90 mil trabalhadores.
“Muito vai ter que mudar antes de ser possível para nós considerarmos voltar a fazer negócios no país”, disse o presidente-executivo.
Foto destaque: Empresa Nokia. Reprodução/ Divulgação/ Nokia