A empresa multinacional focada no setor alimentício Tyson Foods teve um alto crescimento no seu lucro no primeiro trimestre superando as espectativas. O aumento dos preços da carne para combater os custos mais altos de mão de obra e transporte beneficiou muito os frigoríficos norte-americanos.
Donnie King, CEO da companhia, disse ter notado após o surgimento da variante Ômicron uma desaceleração na rotatividade e principalmente ausência de trabalhadores, porém King está com a expectativa de que isso mude e de que haja maior disponibilidade de trabalhadores no restante do ano.
No primeiro trimestre, a Tyson informou que os preços médios da carne bovina subiram quase 32%, compensando um declínio no volume causado por restrições na cadeia de suprimentos. Isso fez com que a margem operacional da Tyson Foods superasse a do ano anterior, chegando a 11,3%.
Produtos da empresa Tyson Foods. (Foto: Divulgação/IndustryWeek)
Porém os preços altos das carnes tem causado certa preocupação ao governo Biden, pois os lucros nos frigoriferos não param de aumentar. Analistas disseram que o aumento das margens operacionais poderia atrair mais estudo indesejado de Washington para a Tyson e três outros gigantes da indústria que abatem cerca de 85% do gado engordado com grãos no país.
As vendas gerais de carne bovina aumentaram cerca de 25%, US$5 bilhões, fazendo com que a Tyson alavancasse subindo suas vendas para 23,6%, US$12,93 bilhões no primeiro trimestre encerrado em 1º de janeiro, conforme os dados da IBES da Refinitiv.
Com relação ao custo com alimentação animal, o CEO da empresa tem novos projetos como os avanços dos insumos usados na ração, como milho e farelo de soja. “Espero totalmente que continuem a subir”, disse ele sobre os grãos.
Sobre o segmento de frangos, o CFO da Tyson, Stewart Glendinning, acrescentou que a companhia reestruturou a estratégia de preços da proteína para responder à inflação e às condições do mercado.
Foto Destaque: Linha de produção da fábrica Tyson Foods. Divulgação/wattagnet.com