A guerra na Ucrânia já tem mais de um mês que eclodiu e os impactos econômicos já eram esperados, entretanto agora há um elemento a mais para fazer uma combinação provavelmente desastrosa para os mercados emergentes, que se trata do colapso imobiliário na China. Segundo o JPMorgan essa pode ser a pior onda de inadimplência corporativa, ou seja, quando falta dinheiro no caixa para os fornecedores e colaboradores, desde a última crise global.
O volume dos títulos corporativos já atinge um pico de 166 bilhões de dólares, recorde desde a crise de 2009, quando a taxa chegou a 10,5%. A Europa oriental, como um todo, deve atingir 21%, já que a Ucrânia chegará perto dos 100% devido a guerra, sem contar que a Rússia deve chegar em aproximadamente 27%.
Quanto ao colapso do setor imobiliário da China, fez com que a taxa de inadimplência fosse de 7 para 10%, sendo que deve haver uma taxa grotesca do número de calotes relacionados às incorporadoras com dificuldades financeiras, uma faixa que beira os 60 bilhões de dólares.
China (Foto: Reprodução/Twitter)
Porém, para a América Latina continuamos na margem dos 3% de inadimplência e no Oriente Médio e África menos de 2%, o que é menos desesperador.
Enquanto isso a guerra segue em curso, os especialistas dizem que a melhor opção para a Ucrânia para se recuperar financeiramente seria negociar com o inimigo, enquanto a Rússia perdeu trinta e cinco bilionários desde o início do conflito por conta dos impactos econômicos provenientes de todo esse caos.
Para o colapso imobiliário chinês, segundo o estrategista da Alpine, a melhor estratégia para retirar esse risco de uma quebra sistêmica seria relaxar as políticas do segmento o mais breve possível. Se o governo chinês continuar com uma forte regulamentação será inevitável que isso ocorra acentuando os problemas da inadimplência por toda a Ásia.
Foto Destaque: Putin cumprimentando líder chinês. Reprodução/Twitter