A “Food to Save” é uma foodtech que tem como objetivo combater o desperdício de alimentos. A empresa surgiu após o co-fundador, Lucas Infante, presenciar alimentos indo para o lixo no Carrefour da Espanha. “Eu comecei a pensar no absurdo que era, em uma loja pequena como a minha, tanto alimento ser jogado fora, a quantidade de dinheiro perdida, as pessoas passando fome”.
Desse modo, Infante resolveu trazer seu negócio para o Brasil, pois segundo ele, se a Espanha, que é considerado um dos países de primeiro mundo, enfrenta problemas como esse, imagina o Brasil. Então, a empresa surgiu em 2021, com mais três sócios e funciona como um marktplace.
Lucas Infante, CEO do "Food to Save". (Foto: Reprodução/Jefferson de Souza/Forbes)
Infante explica que “uma loja de donuts, por exemplo, produz o alimento de manhã e ao fim do dia percebe que, após não vender todas as unidades prontas, terá que jogar fora o excedente. Com a Food to Save, o vendedor coloca alguns donuts em uma sacola surpresa e anuncia no aplicativo por um preço muito inferior ao vendido fisicamente, mesmo com a qualidade ainda muito boa”.
Segundo ele, esse mecanismo traz benefícios para o meio ambiente, retorna parte do dinheiro para os vendedores e democratiza o acesso aos produtos. No ano passado, a empresa gerou mais de R$10 milhões de receita incremental para os estabelecimentos que são parceiros. Atualmente, o aplicativo conta com 1500 estabelecimentos cadastrados e espera-se aumentar esse número em 2023.
No entanto, Infante afirma que umas das maiores dificuldades é a questão cultural. “De nada serve oferecer uma solução que vende o excedente sem reeducar o empresário e a sociedade. O papel que temos é comunicar o nosso objetivo e o nosso propósito e em 2022 conseguimos conquistar grandes parcerias para acelerar esse processo”.
Essa semana, a Food to Save salvou mil toneladas de alimentos em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Americana e Brasília. Agora, o foco da empresa é crescer no Brasil e expandir os negócios para a América Latina.
Foto Destaque: Food to Save. Reprodução/Cultura UOL