Nesta sexta-feira, dia 3, o MP teve uma reunião com a Federação Brasileira dos Bancos. A intenção é encontrar soluções de segurança para os sequestros relâmpago com resgate em Pix, crime que tem aumentado muito.
Marcelo Barone, promotor criminal do Ministério Público, disse “Queremos tomar algumas providências para que isso não seja tão fácil para os criminosos. O que o MP busca é uma medida que faça com que esse tipo de crime diminua em São Paulo.”
Ele continua explicando que essa reunião é apenas um primeiro passo. “Nossa primeira conversa foi com a Febraban e agora vamos buscar essas outras instituições”.
O promotor também indica qual caminho para aumentar a segurança para os usuários do Pix. “Um dos assuntos que está no nosso diálogo é a presença de geolocalização no aplicativo do banco. Isso envolve diálogo e muitas outras questões que discutiremos mais. Esse seria um ponto fundamental porque a polícia teria informação mais precisa sobre o local onde é feita a transação e aí os criminosos seriam presos em flagrante”.
Pix (Reprodução/ Divulgação)
Marcelo Barone diz que os “ponteiros” são os maiores impedimentos para a segurança do Pix. “Ponteiros” são pessoas que emprestam suas contas para os sequestradores diluir o resgate recebido.
“Esses ponteiros têm que saber que responderão por extorsão e extorsão mediante sequestro, com penas altíssimas — em torno de 17 anos de prisão. Esses ponteiros são pessoas comuns cooptadas e pagas para ceder sua conta. Infelizmente, se não tivermos ajuda e participação de todos envolvidos nessa questão, não teremos solução para o problema”, disse o promotor.
Barone completa, "Queremos tomar algumas providências para que isso não seja tão fácil para os criminosos. A reunião foi produtiva, mas não vamos comentar algumas questões porque esse encontro terá desdobramentos e queremos fazer isso dar certo".
Foto Destaque: Dinheiro. Reprodução/ Pixabay