Emprego está em alta no Brasil; mas queda de juros continua sendo um empecilho

O banco Daycoval fez um estudo que mostra que pelo fato do desemprego está em queda e existem altas demandas em alguns setores econômicos por gerar um empecilho para diminuição da taxa de juros que está em 10,5% ao ano, nos dias atuais. E como uma provável redução dos riscos internacionais e da situação doméstica ser algo incerto, a demanda pelo mercado de trabalho pode gerar pressão e sendo assim fazendo com que não aconteça uma diminuição contínua da taxa Selic em um prazo pequeno. 

Taxas de juros ainda permanecerá em alta

Semanalmente o Banco Central informa as projeções para o mercado financeiro. Nesses relatos constam que para uma taxa de 10,5% ao término de 2024, apontam que não há previsão de novos cortes a serem realizados até dezembro. A projeção da taxa Selic é de 9,5% para o ano que vem.  O Comitê de Política Monetária do Banco Central ainda relata que os juros permanecerão em alta por um longo período.

A política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente em patamar que consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno da meta” informa o documento emitido pelo BC.


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 Notas de dinheiro em real e índices de economia (Foto: reprodução/Javier Ghersi/Getty Images Embed)


Desemprego cai, mas preços tem elevação

Nos três primeiros meses de 2024, foram preenchidos 1,3 milhão de empregos com carteira assinada, equivalente a um acréscimo de 26,2% comparando-se com o primeiro trimestre de 2023. O economista Rodolfo Margato da empresa XP Investimentos conta que os fatores mais importantes do mercado segue mostrando crescimento e que isso incentiva a demanda interna, especialmente no que se refere ao poder de compra, fazendo que o preços venham ter uma elevação.

O IBGE traz à tona que entre abril e junho, o desemprego alcançou 6,9%, sendo a menor taxa desde dezembro de 2014. O Novo Cadeg/MTE também informa que o número de pessoas trabalhando com carteira assinada atingiu o número de 46,8 em junho de 2024, tornando-se a melhor marca desde do começo da contagem em 2020.

Foto destaque: pessoa segurando uma Carteira de trabalho (Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência Brasil)