Na última semana, a plataforma de conteúdo adulto OnlyFans alcançou um repasse de US$ 10 bilhões (aproximadamente R$ 51 milhões) para os seus criadores de conteúdo. A marca é a maior desde a criação da rede em 2016. O valor é referente a quantia paga por usuários que têm assinatura na plataforma, que hoje conta com cerca de 2 milhões de criadores.
O registro foi divulgado nesta quarta-feira (2) pela presidente do OnlyFans Amrapali Gan durante a feira de tecnologia e inovação realizada em Lisboa, Portugal, Web Summit. A segurança e o bem-estar dos usuários estão entre as principais prioridades da empresa, segundo a presidente.
Amrapali, que trabalha na empresa desde 2021, diz que “no OnlyFans é preciso um processo de verificação bastante desenvolvido para novos criadores".
De todo modo, a rede social está com diversas denúncias a respeito da falta de atuação para solucionar e repreender casos de exploração sexual infantil em sua plataforma.
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Uma das acusações do tipo foi feita por um investigador americano, que afirmou através de um relato a BBC News, que ainda é bastante fácil acessar fotos e vídeos de menores de idade postados na plataforma. Essa é apenas uma de diversas acusações do mesmo teor contra a empresa. Ainda de acordo com o investigador entrevistado, em uma hora navegando pela rede é possível encontrar dez fotos de crianças entre 5 e 12 anos, conjecturando a exploração sexual infantil. Os conteúdos registrados possuem a marca d’água da rede e também está disponível em outros sites de mesmo tipo de conteúdo.
Mesmo com diversas denúncias, Amrapali questionada sobre a entrevista, reafirmou que o OnlyFans é rigoroso em relação à verificação de idade dos novos criadores de conteúdo. De acordo com a executiva, todos os conteúdos postados na rede podem ser inspecionados por uma pessoa, que acontece quando o sistema detecta postagens suspeitas e sinaliza o material para a empresa tomar as medidas cabíveis para retirar do ar as publicações indevidas. O processo de validação de identidade é rigoroso, de acordo com a empresa é preciso que os novos usuários enviem selfies e documentos de identificação para comprovarem a identidade. Até 60% das solicitações de entrada não são aceitas, segundo a executiva, por não conterem os dados necessários ou corretos.
Amrapali reforçou que a empresa se preocupa com a segurança de todos dentro da plataforma e que trabalham diretamente com autoridades para coibir materiais criminosos dentro da rede. E acrescentou que “se o conteúdo vazar, trabalhamos com a equipe de DMCA que nos ajuda a tirar o material da internet".
Foto destaque: Logo OnlyFans. Reprodução/Alamy/Forbes