No Brasil, devido ao segmento de private banking estar crescendo gradualmente esse ano, a velha disputa por um pedaço maior do patrimônio do investidor com patrimônio alto está prevalecendo entre os principais competidores. A volta de investidores para a renda fixa dos grandes bancos, foi devido às altas de juros, enquanto, a diversificação regional e internacional das estruturas trouxe famílias ligadas a setores que estavam subtendidos, como o agronegócio.
O banco estrangeiro mais bem-sucedido no país no quesito administração de fortunas, Credit Suisse, serviu de munições para diversas conversas do ambiente concorrencial. O naturalmente escolhido é quem se sente desconfortável ou esboça dúvidas sobre o processo de capitalização do grupo suíço.
A ANBIMA divulgou dados fechados do terceiro trimestre que representa os mercados de capitais e investimentos, que mostra um crescimento de 5,23%, sendo de R $1,874 trilhão no volume sob gestão dos serviços de private banking no Brasil, essa conta não inclui recursos do exterior. Sendo maior a parcela mais representativa dos gastos da moeda do exterior, por causa da inflação de bens e serviços consumidos pelas famílias endinheiradas.
Rogério Pessoa, sócio responsável pela divisão de gestão de riqueza do BTG Pactual, resumiu em: “Não foi um ano tão fácil para ativos em geral. Na parte local, os multimercados foram bem, mas se olhar para a bolsa, principalmente os gestores de retorno absoluto — não aqueles que ficam preocupados em seguir o Ibovespa —, sofreram mais, não entregaram tanta geração de alfa [retorno excedente]. Somado a isso, quem tinha ativo offshore na carteira foi impactado”.
O executivo continua dizendo que, apesar de tudo, o banco conseguiu captar dinheiro novo, atraindo mais de R $60 bilhões no primeiro semestre, a R $463 bilhões, partindo de R $428 bilhões até o fim de 2021.
Nesta terça-feira serão revelados os dados relativos ao terceiro trimestre, com balanço do BTG. O executivo estima que o estoque deve passar a casa dos R $500 bilhões, onde nessa conta entram os clientes do Wealth proprietário e as grandes contas originadas do relacionamento da plataforma de agentes autônomos.
Foto Destaque: Prédio da Credit Suisse. Reprodução/Twitter.