Fintech é um termo que surgiu da união das palavras financial e technology, se tratando da tecnologia e inovação aplicadas na solução de serviços financeiros. O ano de 2021 foi importantissimo para as fintechs que quando surgiram a 10 anos era visto como um nicho pequeno da indústria de tecnologia, hoje é considerado o setor com os maiores aportes. No ano passado, as fintechs receberam mais de US$ 130 bilhões em investimentos, o que representa 20% de todo o capital de risco investido em 2021. O número de fintechs que abriram capital nas bolsas mundiais no período triplicou na comparação com 2020.
O que 2022 reserva para esse setor? De acordo com alguns leitores que trabalham com fintechs, esse ano podemos esperar mudanças no acesso a serviços financeiros, lançamentos de produtos e novas dinâmicas para o setor. E, claro, a Web3.
As fintechs continuarão tendo uma grande responsabilidade na expansão da inclusão financeira e a oportunidade de impactar positivamente o dia a dia dos consumidores.
“Nos países onde existe um oligopólio bancário (Canadá e México, por exemplo), a concorrência e a inovação são inerentemente suprimidas. Os oligopólios criarão inovações entre si para sustentar sua própria posição de mercado, mas qualquer inovação que ameace essa posição pode ser ignorada ou combatida. Isso geralmente não é do melhor interesse dos cidadãos, que desejam melhores serviços, escolha, taxas, condições para empréstimos, etc. Esse cenário cria uma rica oportunidade para os neobancos e outros oferecerem melhores produtos aos consumidores para gerenciar seu bem-estar financeiro e ganhar escala. Esses produtos mudarão o jogo nesses mercados e contarão com o apoio do público e das autoridades reguladoras quando os benefícios para os cidadãos se tornarem aparentes'', disse Andrew Harrison, sócio do fundo de capital de risco Section 32.
Banco digital Nubank (Foto: Reprodução/investnews)
Além dessas novidades, ferramentas de fintech mais especializadas e detalhadas está a caminho.“Um brinde às pequenas e médias empresas! Veremos soluções de software e pagamentos verticais específicas para todo tipo de atividade, desde caminhões a barbeiros'', disse Sarah Morgenstern, sócia da firma de capital de risco Flourish Ventures, especializada em aportes em fintechs.
“As startups investirão em clientes com identidade interoperáveis, sustentadas por casos de uso de open banking e criptomoedas. O entusiasmo em torno do potencial do “social login” [aquele realizado por meio de contas de usuários já cadastrados em plataformas] defendido pelo Facebook há dez anos voltará à cena mais uma vez, mas desta vez por causa das fintechs. Os clientes desejam que sua identidade financeira seja transferida de forma transparente e segura pela web. Ferramentas de ‘checkout em um clique’ de sites de ecommerce e carteiras de criptomoedas serão campos importantes a serem observados e onde haverá muita concorrência'', afirmou Austin Arensberg, diretor-sênior do fundo de capital de risco Okta Ventures, focado em soluções digitais de identificação.
Foto Destaque: Fintechs. Divulgação/fia.com