A obra “Sugar Ray Robinson” (1982), de Jean-Michel Basquiat, retrata o lutador de boxe, que, para Basquiat, era um herói pessoal. O quadro é uma das obras mais importantes do artista – gerada no ano mais marcante da carreira de Basquiat, e será exibida nas galerias do Rockefeller Center após o dia 29 de outubro –, e está sendo avaliada entorno de US$ 35 milhões (R$ 184 milhões).
A obra será lançada como lote principal do “21st Century Evening”, no dia 17 de novembro, na Christies’ em Nova York.
Segundo Isabella Lauria, chefe da “21st Century Evening Sale” da Christie’s, a obra “Sugar Ray Robinson” é uma obra que atinge todos os requisitos, sendo uma arte da “melhor classe” de Basquiat, pois exalta a grandeza “heroica e guerreira” de Sugar Ray, uma figura forte e negra.
"Sugar Ray Robinson", obra de Basquiat (Foto: Reprodução/Chritie's)
“Do ponto de vista técnico, ‘Sugar Ray Robinson’ é a culminação das muitas facetas geniais de Basquiat, invocando sua crueza e intensidade através do uso quase frenético de óleo e acrílico, em camadas e texturizado. O poder nesta pintura é palpável, já que Sugar Ray em sua forte postura frontal de boxe se prepara para enfrentar seu oponente, assim como Basquiat, de certa forma.”, pontua Isabella Lauria.
O quadro foi pintado um ano antes de Sugar Ray ser diagnosticado com Alzheimer e sete anos antes de sua morte. A obra exalta a força do lutador como um símbolo pilar no esporte e na história negra. Visto como um herói por Basquiat, Sugar Ray é considerado o melhor boxeador da história – em uma análise feita peso por peso; enquanto a representação do lutador fora traçada por um herói cultural.
Outros atletas negros receberam homenagem de Basquiat, como o jogador de beisebol Hank Aaron, Cassius Clay (Muhammad Ali), Jackie Robinson e Jersey Joe Walcott.
Foto Destaque: Jean-Michel Basquiat. Reprodução/Grafitti.