Visando contornar as tarifas estadunidenses, Foxconn e Tata, empresas que fabricam os produtos da Apple na Índia, enviaram cerca de US$ 2 bilhões em produtos para os Estados Unidos antes das taxas entrarem em vigor. Esta foi a maior importação de iPhones já registrada, cerca de 63% maior do que as realizadas no mês de janeiro e fevereiro deste ano.
Envio de diversos modelos de iPhone
Ao todo, cerca de 600 toneladas de iPhones dos modelos 13,14, 16 e 16e foram enviadas para a Índia em março deste ano, evitando assim o aumento dos preços, que poderiam chegar a até U$ 700 segundo cálculos feitos pela Rosenblatt Securities, após as implementações das tarifas de importações impostas pelo governo do presidente Donald Trump.
Venda do iPhone 16 (Foto: reprodução/HECTOR RETAMAL/Getty Images Embed)
Segundo dados analisados, o transporte foi feito completamente por meios aéreos, entregando os produtos em diversos estados dos EUA, principalmente em Chicago. O principal terminal utilizado na operação foi o Chennai Air Cargo, que chegou a agilizar os processos legais para que as cargas serem transportadas o mais rápido possível. Cerca de seis aviões cargueiros foram utilizados, transportando mais de 1,5 milhão de unidades.
Relatos indicam que, para o sucesso da operação, foi necessário aumentar em 20% a produção das fábricas, algo que causou polêmica por conta da diminuição do tempo de descanso dos funcionários.
Brechas na importação
Atualmente, o presidente Donald Trump mantém celulares e computadores fora da lista de produtos taxados, possibilitando a retomada do comércio dos produtos como era anteriormente. Porém, a possibilidade de mudanças nas regras se mostra cada vez mais presente, podendo adentrar em outros calendários de tarifas. As linhas de montagem na Índia continuam o mais rápido possível, sem a possibilidade de serem substituídas por fábricas estadunidenses.
Além da Índia, a China também representa um dos maiores produtores da marca, país que conta atualmente com mais de 100% nas taxas tarifárias, o que poderá dificultar consideravelmente o comércio mundial da Apple.
Até o momento, nenhuma das empresas comentou o ocorrido.
Foto Destaque: iPhone 15 Pro (Reprodução/NurPhoto/Getty Images Embed)