Na última sexta-feira (11), uma grande tempestade atingiu a capital paulista e outras regiões metropolitanas de São Paulo causando instabilidade no fornecimento de energia elétrica. Até o momento é estimado um prejuízo de cerca de R$ 1,65 bilhões no comércio varejista e outros diferentes serviços. Porém, economistas estipulam que a perda do setor pode ser ainda maior, pois esse cálculo não levou em conta todos os fatores que envolveram o ocorrido.
Prejuízo pode ser ainda maior
Em entrevista para o veículo de notícias CNN, André Sacconato, assessor econômico da FecomercioSP, afirmou que o cálculo atual leva em conta apenas as vendas que deixaram de ser realizadas, mas não leva em conta outros fatores como a enorme perda de estoque, principalmente dos produtos que precisam de refrigeração.
O corte de energia ainda aconteceu no fim de semana, tornando os prejuízos ainda maiores pois prejudicou os dias de maior movimento dos comércios. “ Esses dados foram compilados levando em conta que, aos fins de semana, o comércio de São Paulo tende a faturar, em média, R$ 1,1 bilhão por dia, enquanto os serviços têm receitas de R$ 2,3 bilhões”, declarou a FecomercioSP.
Apagão em São Paulo (Foto: reprodução/Matheus Moreira/g1)
A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) já contabiliza até o momento um prejuízo de R$ 150 milhões. A federação chegou a notificar a empresa de energia declarando situação emergencial e exigindo um ressarcimento aos estabelecimentos mais afetados.
Tanto a Fhoresp quanto a prefeitura de São Paulo pretendem entrar com uma ação judicial contra a Enel pela demora na resposta e pela má qualidade dos serviços. A prefeitura ainda salienta que esta não foi a primeira vez que a cidade foi afetada por longos cortes na energia.
Ainda sem previsão para a estabilização da energia
A Enel, empresa que comercializa e distribui a energia da Grande São Paulo, ainda não conseguiu estabilizar o fornecimento de energia elétrica em todos os pontos afetados e nem estipulou uma data para a normalização do serviço.
A empresa declarou estar fazendo todo o possível e espera alcançar a normalidade dentro de três dias.
Foto destaque: moeda real (Reprodução/Mario Tama/Gatty Images Embed)