O conflito entre a Universal Music Group (UMG) e o TikTok alcançou um novo estágio crítico, resultando na remoção das músicas da UMG da plataforma. O impasse, iniciado no início deste mês, ampliou-se para abranger um número ainda maior de músicas, incluindo aquelas lançadas pela própria empresa.
Alcance do conflito e impacto nos artistas
A situação, marcada por uma troca de acusações intensa de ambos os lados, coloca a UMG, a maior empresa de música do mundo, em confronto com o TikTok, a plataforma mais influente na promoção musical dos últimos cinco anos. O término do acordo de licenciamento, que expirou em 31 de janeiro, resultou na remoção de uma ampla gama de gravações não lançadas por um selo afiliado à UMG, afetando também muitos artistas que colaboraram com compositores sob contrato com a Universal Music Publishing Group. Isso tem um impacto significativo nos artistas, privando-os de uma das plataformas mais poderosas para promover sua música, além dos royalties que poderiam ter sido gerados na plataforma.
Opiniões e possíveis desdobramentos
Há diferentes perspectivas sobre a extensão do conflito. Fontes ligadas à UMG afirmam que a empresa contribui com a maioria das músicas na plataforma, enquanto os representantes do TikTok sugerem que essa participação é significativamente menor, variando entre 20% e 30%. Apesar disso, o TikTok declara não ter percebido uma queda no número de usuários desde o início da remoção das músicas da UMG. O impasse parece estar longe de uma resolução rápida, pois exemplos anteriores indicam que tais disputas podem se arrastar por meses.
Confrontos e declarações
Lucian Charles Grainge, presidente e CEO da Universal Music Group, em evento (Foto: reprodução/Rodin Eckenroth/WireImage)
O presidente e CEO da UMG, Lucian Grainge, manifestou preocupações sobre a justa remuneração para artistas e compositores, bem como sobre a proteção contra os potenciais impactos negativos da inteligência artificial e a segurança online para os usuários do TikTok. Grainge criticou a proposta de pagamento do TikTok, argumentando que era apenas uma fração do que seria justo. Em resposta, o TikTok acusou a UMG de priorizar sua ganância em detrimento dos interesses dos artistas e dos fãs.
A resolução dessa disputa será crucial para os artistas e compositores, além de ter um impacto significativo no futuro das relações entre plataformas digitais e grandes gravadoras.
Foto Destaque: aplicativo Tiktok, uma das redes sociais mais frequentadas do mundo digital (Reprodução/Kon Karampelas/Unsplash)