Cantor, produtor e compositor R. Kelly foi condenado a 30 anos de prisão pelo Estado de Nova York por crimes sexuais.
Robert Sylvester Kelly, popularmente conhecido como R. Kelly foi condenado em nove acusações, sendo uma de extorsão e oito pela Lei Mann ou Mann Act, que abrange crimes de tráfico humano para prostituição. O cantor estava preso desde 2019, mas o julgamento só veio a acontecer em julho de 2021 e durou seis semanas contando com mais de 45 testemunhas entre homens, mulheres e meninas.
As testemunhas relataram que eram mantidas em cativeiro sem acesso à água, comida ou banheiro por vários dias. Houve também relatos de pessoas que foram obrigadas a usar drogas enquanto eram abusadas por Kelly, elas também disseram que o cantor usava seus funcionários e mediadores para atrair fãs e aspirantes do meio musical, muitos deles menores de idade na época dos abusos.
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Foto: R. Kelly grita em entrevista após ser questionado sobre acusações (Reprodução/CBS/Divulgação)
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A defesa do músico lutou para uma pena reduzida de 10 anos, mas a vitória foi da promotoria que conseguiu condenação com a pena de 30 anos de prisão, mas acusação argumentou que as relações de poder do famoso com suas vítimas são agravantes para os crimes, bem como sua influência financeira e meios de fugir da justiça e acobertar os delitos.
R. Kelly ainda responderá por crimes de pornografia infantil e obstrução da justiça em Chicago e depois será julgado em Illinois e Minnesota.
O cantor de 55 anos autor de sucessos como “I Believe I can Fly” e “I'm your angel” já apresentava histórico de abuso de menores, tendo um casamento ilegal em 1994 com a cantora Aaliyah de 15 anos na época, além de acusações de posse de pornografia infantil no ano 2000 quando foi absolvido por falta de testemunhas.
É possível encontrar detalhes do caso no documentário "Surviving R. Kelly", produzido pela Lifetime
Foto em destaque: R. Kelly durando o julgamento (Reprodução/Fotógrafo: Allison Hussey)