A cantora Elza Soares completaria 92 anos no próximo dia 23 de junho. Como forma de homenagem ao legado deixado pela artista que teve uma carreira de mais de sessenta anos, “No tempo da Intolerância” seu segundo álbum póstumo será lançado nesse dia. O disco terá composições de Pitty e Rita Lee (1947-2023).
Com exceção de “Quem disse?” composta por Isabela Moraes, nove das dez faixas são inéditas. Pitty compôs “Feminelza” para a própria Elza e “Rainha africana” foi escrita por Rita Lee e seu marido Roberto de Carvalho. As músicas “Coragem” e “No tempo da intolerância” que intitula a produção foram escritas pela própria Elza.
Elza Soares na gravação de “Elza ao vivo no Municipal”, disco que foi gravado dois dias antes de sua morte. (Foto: Reprodução/Instagram via @elzasoaresoficial)
Com produção musical de Rafael Ramos, o álbum trás em sua capa uma arte feita por Pedro Hansen, a partir de uma foto tirada por Pedro Loureiro. Os nomes de todas as músicas que foram gravadas entre 2021 e o começo de 2022 aparecem na capa.
Nascida no Rio de Janeiro, Elza Soares lançou seu primeiro EP em 1960, quando estava com 30 anos. Ao longo da trajetória ela flertou com vários estilos musicais como Samba, Rock, MPB, Jazz e Bossa Nova. Suas canções “Se acaso você chegasse” (1960), “Aquarela brasileira” (1974), “Boato” (1961), “Mulata Assanhada” (1965) e “Cadeira vazia” (1961) alcançaram o topo das paradas brasileiras. Em 1999, a Rádio BBC de Londres a elegeu como a cantora do Milênio.
Por causas naturais, Elza Soares nos deixou em Janeiro de 2022, dois dias depois de gravar “Elza ao vivo no Municipal”. O disco feito pela gravado brasileira deck foi lançado quatro meses após sua morte e trouxe em seu repertório as canções “A mulher do fim do mundo” e “O meu guri”.
Nos tempos da intolerância reflete temas como negritude e empoderamento, desigualdade social e feminismo.
Foto Destaque: Capa de “No tempo da Intolerância”. (Foto: Reprodução/Twitter via @elzasoares)