De um tempo pra cá, o termo “música latina” vem se expandindo para muito além da America. Devido a falta de diversidade em categorias, algumas premiações acabam considerando como latino qualquer artista que fala espanhol, fator evidente da visão "americanizada" da indústria musical.
Após a cantora espanhola Rosalía ter seu novo álbum, Motomami, tratado como música latina por diversas premiações e veículos de mídia, parece que esse efeito começou a se consolidar em outros níveis.
Rosalía com seus troféus de Grammy (Foto: Reprodução/Entretetizei)
Foi anunciado na manhã desta quarta-feira (22), que as próximas três cerimônias do Grammy Latino acontecerão na Espanha. Em acordo com a Academia Latina de Artes e Ciências da Gravação, o presidente do conselho de Andaluzia, Juanma Moreno, anunciou a parceria entre as organizações, e afirmou que o local de cada evento será divulgado em breve. Algumas fontes acreditam que a primeira cerimônia acontecerá em Sevilha, capital de Andaluzia, mas por enquanto não passam de boatos.
“Não é um exagero! Se trata de um acontecimento histórico para Andaluzia e para a cultura. A Academia calcula que o Grammy Latino atrairá cerca de 12 mil pessoas da indústria musical e dezenas de milhares de turistas, como sabem, eles vem de toda a parte do mundo. O Grammy Latino tem uma difusão midiática e popular de grande magnitude. Para se ter uma ideia, o Grammy Latino no mundo é o evento mais assistido na televisão dos Estados Unidos pelo público latino”, compartilhou Juanma Moreno.
Grammy (Foto: Reprodução/Abril)
A cerimônia do Grammy Latino acontece anualmente desde a virada do milênio. Sempre em Las Vegas. Até agora. Através de suas redes sociais, Moreno estimou que o evento pode gerar até €500 milhões de euros para a Espanha, e prometeu ser um acontecimento histórico para o país. Com o apoio da academia, o próximo Grammy tem tudo para mudar o formato da premiação de forma definitiva.
Foto destaque: Grammy Latino. Reprodução/UOL