Nesta quarta-feira (20) aconteceu a gravação do especial "Amigas", especial de fim de ano da Rede Globo, que será apresentado por Rafa Kalimann. Reunindo as potências femininas do sertanejo Ana Castela, Maiara e Maraisa, Simone Mendes e Lauana Prado, a apresentação vai ao ar no dia 18 de dezembro.
Amigas
O especial, que nos anos 90 já foi chamado de "Amigos" e contou com a presença de nomes como os das duplas Chitãozinho & Xororó, Leandro & Leonardo e Zezé Di Camargo e Luciano, traz a valorização das mulheres no sertanejo. Um local onde a fusão de vozes se encontrou para um propósito maior: levar o sertanejo para todas as casas, com telespectadores em todas as regiões.
Além de levarem grandes sucessos da carreira de cada uma, nos bastidores da gravação foi registrado um momento especial no qual Ana, Maiara, Maraisa, Simone e Lauana prestam homenagem para Marília Mendonça, que infelizmente faleceu no ano de 2021. As cinco, acompanhadas pelo coro da plateia, cantaram a música "Supera" da Rainha da Sofrência.
Especial de fim de ano "Amigas" (Reprodução/Instagram/@hugogloss/@lucaspasin)
Conquista do feminejo
Com a chegada do feminejo, o mundo do sertanejo deixou de ser um lugar no qual os talentos predominantes eram figuras masculinas. Desde o início da revolução do cenário musical do gênero, contando com figuras como As Galvão e Roberta Miranda, o sertanejo evoluiu até chegar na nova geração, que trouxe desde as cinco artistas que compõem o especial, até Marília Mendonça, que deixou seu legado enquanto artista e segue sendo lembrada.
Com isso, o sertanejo tornou-se espaço para as mulheres sentirem-se livres não só para tratar dos mesmos assuntos, que antes eram vistos de forma machista e natural e elogiados apenas se fossem cantados por artistas masculinos, como traição e bebedeiras, mas também para tratarem sobre amor, a autoestima e a valorização da mulher.
O feminejo proporcionou o acolhimento das admiradoras do modão e também do sertanejo, que evoluiu e tende a misturar-se com o pop, tornando o sertanejo uma música plural. A representatividade feminina fez e segue fazendo com que cada vez mais mulheres tenham coragem de colocar suas canções no mundo, somando para um movimento que evidencia cada vez mais potências.
Foto destaque: especial "Amigas", gravado como especial de fim de ano da Globo (Reprodução/Instagram/@lorenar7)