Música

Caetano Veloso fará parte da trilha sonora do filme Queer

Queer é um filme LGBT que se passa em um cenário pós-Segunda Guerra Mundial na Cidade do México e terá em sua trilha sonora a participação do cantor Caetano Veloso

07 Dez 2024 - 09h25 | Atualizado em 07 Dez 2024 - 09h25
Caetano Veloso fará parte da trilha sonora do filme Queer Lorena Bueri

Previsto para estrear nos cinemas brasileiros no dia 12 de dezembro, chegou às plataformas de áudio a trilha sonora que compõem o filme Queer, de Luca Guadagnino. A trilha sonora conta com a ilustre participação do cantor Caetano Veloso, cantando em inglês, na faixa de abertura “Vaster Than Empires”

Produções internacionais

É importante mencionar que Caetano apareceu recentemente em produções internacionais. O single "Pecado", presente no álbum "Fina Estampa" de 1994, onde o brasileiro interpreta em espanhol, embalou uma cena íntima entre Tashi Donaldson (Zendaya) e Art Donaldson (Mike Faist) no filme "Rivais", também dirigido por Luca. Na curta "Estanha Forma de Vida", de Almodóvar, o cantor chega a interpretar um fado de Amália Rodrigues.

A faixa em questão,” Vaster Than Empires” que possui os vocais de Caetano Veloso, foi composta pela dupla de músicos Atticus Ross e Trent Reznor, é a faixa de abertura do filme. Queer é baseado em seu livro homônimo, de mesmo nome, do escritor Willian Borroughs.



Trilha Sonora do filme Queer (Foto:Reprodução/Spotify/@TrentReznorandAtticusRoss)


Queer

Queer é um longa-metragem de drama histórico sob a direção de Luca Guadagnino, inspirado no livro de mesmo nome do escritor William S.Burroughs. O livro é inspirado em Adelbert Lewis Marker, um ex-militar da Marinha Americana. O enredo acompanha a trajetória de Lee (Daniel Craig), um americano residente no México após ser desligado da Marinha. Lee reside entre universidades dos Estados Unidos e proprietários de bares, que, assim como ele, sobreviveram com trabalhos de meio período e benefícios do GI Bill, uma legislação que ajudou veteranos da Segunda Guerra Mundial. No ambiente boêmio da cidade, Lee se depara com Allerton (Drew Starkey), um rapaz por quem nutre uma paixão ardente. O filme aborda questões como solidão, desejo e a procura por identidade em um contexto pós-guerra, com um cenário que reproduz com precisão o ambiente da Cidade do México na década de 1950.

Queer nos mostrará também como era a relação do autor da obra com as drogas, uma vez que o mesmo já foi dependente químico (de morfina a opiáceos (como heroína, oxicodona e codeína) e psicoativos). Em entrevista para a Folha de S. Paulo, em 1994, o autor do livro disse:

“O combate às drogas é uma desculpa desonesta para intensificar a presença policial sobre as pessoas”

Em sua primeira versão, em 1985, o autor explica o que o levou a escrever o livro.

“As razões que me levaram a escrever este livro são mais complexas e não estão completamente claras para mim atualmente." Por que me devo esforçar tanto para documentar essas lembranças extremamente dolorosas, competitivas e devastadoras? Apesar de ter escrito coisas semelhantes a "Junky", sinto que o principal estava sendo desenvolvido única e exclusivamente para "Queer". Estava também empenhado em garantir uma escrita futura, para corrigir os registros: escrever como um método de inoculação. Logo após a escrita, algo perde sua capacidade de surpreender, assim como um vírus fraco quando cria anticorpos vigilantes. Portanto, adquiri uma certa proteção contra novos empreendimentos arriscados nessa área ao documentar experiência.”

O autor do livro continua a entrevista, dizendo que uma pessoa, quando está sob o vício da droga, tem desleixo com a própria imagem e ressalta a desintegração da autoimagem que isso causa na pessoa. O autor diz ainda que, em Queer, Lee (personagem de Daniel Craig) está desintegrado e anseia desesperadamente por contato, totalmente incerto de si e de sua missão. No entanto, sob a influência da heroína, ele está descoberto, resguardado e também severamente restringido. A heroína não apenas suprime o apetite sexual, mas também suaviza as emoções emocionais até que se esvanecem, dependendo da quantidade aplicada.

Foto Destaque : Caetano Veloso em um ensaio fotográfico (Reprodução/Instagram/@caetanoveloso)

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