Nesta terça-feira (3), o Brasil subiu ao lugar mais alto do pódio nas Paralimpíadas de Paris, na prova dos 1500m T11. O ouro foi para o sul-mato-grossense de 32 anos, Yeltsin Jacques, que ainda quebrou o recorde mundial, que pertencia ao próprio brasileiro em uma dobradinha, contando também com Júlio Cesar Agripino dos Santos, que acabou faturando o bronze.
Medalha de ouro e recorde olímpico
“Na semifinal já mostramos para o que viemos. Foi uma prova fantástica, repetindo o feito de Tóquio. Ganhar de novo com recorde mundial de novo... Estou muito feliz com todo o trabalho.” - comentou Yeltsin.
Na prova, o brasileiro acabou alcançando a marca de 3:55.82, quase dois segundos mais rápido do antigo recorde mundial, que Yeltsin conquistou em Tóquio, ao completar a prova com 3:57.60. Júlio acabou completando a prova com 4:04.03 e a prata, ficou com o Yitayal Yigzaw da Etiópia, com o tempo de 4:03.21.
Momento em que Yeltsin e o guia Guilherme Santos competiam na prova (Reprodução/Getty Image/Ezra Shaw)
Yeltsin ainda elogiou o parceiro de seleção que finalizou com o bronze, além comentou sobre o momento em que o país está vivendo no atletismo nos Jogos Paralímpicos e sobre ser espelho de futuros atletas.
“Fiquei muito feliz de o Júlio estar aqui e conquistar essa medalha também. O Brasil tem se tornado uma potência no meio fundo e no fundo. A gente vai ser inspiração para as próximas gerações”
Repetição dos 5000m
A mesma dupla acabou também já havia realizado uma outra dobradinha, na prova dos 5000m. Na ocasião, Júlio quem havia conquistado a primeira colocação e quebrado o recorde mundial, enquanto Yeltsin terminou a prova no terceiro lugar, garantindo a medalha de bronze.
No momento, o Brasil ocupa a quinta colocação geral dos Jogos Paralímpicos de Paris, com 14 medalhas de ouro, 12 de prata e 24 de bronze, com 50 medalhas no total. Apenas China, com 56 ouros; Grã-Bretanha, com 31 ouros; Estados Unidos, com 24 ouros e França, com 14 ouros e 15 pratas, estão à frente do Brasil na competição.
Foto Destaque: Yeltisin Jacques, ao lado do seu guia Guilherme Santos (Reprodução/Getty Image/Ezra Shaw)