A crise na Red Bull não parece que irá diminuir tão cedo dentro dos bastidores da Fórmula 1. Enquanto o holandês Max Verstappen continua ganhando corridas com facilidade, a situação interna, ao que tudo indica, está longe de um final calmo para a empresa austríaca.
Helmut Marko e possível saída
Na última sexta-feira (8), durante a classificação para a corrida de sábado, o consultor da RBR, Helmut Marko, o principal responsável pela chegada do Verstappen na equipe, em 2014, afirmou para um canal de televisão austríaco que havia possibilidade de ser suspenso pela Red Bull.
No momento, a equipe realizava uma investigação interna para averiguar como o “Caso Horner” havia sido vazado, o que possivelmente motivou essa fala do consultor da equipe. Vale destacar que não é de hoje que há uma rusga entre o consultor e ex-piloto, Helmut Marko, e o chefe de equipe Christian Horner.
Lembrando que Christian Horner foi acusado de assédio sexual por uma funcionária da empresa. Depois de algumas semanas de investigação interna e externa, a funcionária acabou por ser demitida da Red Bull.
Reação do Verstappen e possível saída
Ao ficar sabendo da fala de Marko, o atual tricampeão da Fórmula 1, Max Verstappen, reagiu imediatamente dizendo que uma possível demissão do austríaco poderia resultar em uma saída precoce do piloto da equipe.
“Minha lealdade a ele é muito grande, e sempre expressei isso a todos da equipe, a todos do alto escalão, que ele é uma parte importante da minha tomada de decisões sobre o futuro, bem como dentro da equipe... É muito importante que mantenhamos as pessoas-chave juntas, pois sinto que se um pilar tão importante cair, isso não será bom para a minha situação”.
Max durante entrevista para a televisão alemã sobre possível saída (Foto: reprodução/X/@Vettelleclerc)
Essa fala do holandês mexeu com os bastidores da Fórmula 1. Equipes como a Mercedes, que possuem acertada a saída do Lewis Hamilton para a Ferrari, em 2025, chegou a consultar o Helmut Marko sobre uma futura contratação em caso de demissão da Red Bull, além de deixar uma porta aberta para uma possível chegada de Verstappen na equipe. Jos Verstappen, ex-piloto e pai do Max, chegou a ser visto conversando com o Toto Wolff, chefe de equipe da Mercedes, durante o Grande Prêmio do Bahrein.
Já a RBR, encabeçada por Christian Horner, teria dito que não impediria a saída do piloto, caso essa fosse realmente a decisão dele, afirmando que a equipe tem totais condições de ser campeã, com outros pilotos na equipe.
Max tenta amenizar a situação
Após a corrida, Max foi novamente questionado sobre as suas falas a respeito de deixar a equipe. Dessa vez, o piloto preferiu se expressar de outra forma e evitou seguir na linha de pensamento que havia dito no dia anterior, prezando pela união e paz dentro da equipe.
“Eu sempre disse que o mais importante é trabalharmos juntos como uma equipe e que todos mantenham a paz. E acho que todos nós concordamos com isso dentro da equipe. Portanto, espero que, de agora em diante, isso aconteça de forma plena”.
O fato é que no momento, a equipe está dividida em duas forças brigando por poder. De um lado está Christian Horner, ao lado do bilionário tailandês Chalerm Yoovidhya, que detém 51% das ações da empresa de energético. Do outro lado, o consultor Helmut Marko, Max e Jos Verstappen e os herdeiros austríacos que possuem 49% da empresa de energéticos.
A próxima corrida da Fórmula 1 acontece no dia 24 de março, em Melbourne para o GP da Austrália. Verstappen lidera com 51 pontos, seguido por Sergio Pérez com 36 e Charles Lerclerc com 28.
Foto Destaque: Verstappen após vencer a última corrida (Reprodução/Fórmula 1)
