Carlos Roberto Osório, vice-presidente do Vasco da Gama, demonstrou sua total insatisfação ao tomar conhecimento que o confronto contra o Fluminense, válido pelo Campeonato Brasileiro, poderá ocorrer no estádio Raulino de Oliveira, localizado no munícipio de Volta Redonda. Para Carlos Roberto o jogo deveria acontecer em São Januário, que no momento não pode receber público por determinação judicial. A partida está prevista para o dia 16 de de setembro, falta apenas a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) oficializar o evento.
Carlos Roberto Osório, vice-presidente do Vasco, tentará mudar o local do clássico contra o Fluminense. (Foto: Reprodução/ Bolavip Brasil)
O dirigente cruzmaltino teme pelas questões ligadas a segurança e estrutura de um modo em geral. "É uma temeridade a interdição de São Januário acabar forçando o Vasco a mandar o jogo contra o Fluminense em Volta Redonda. Em vez de utilizar São Januário, que tem todas as licenças, operação de jogo consolidada com órgãos públicos municipais e estaduais, e conta com um protocolo de segurança testado e aprovado para grandes jogos, estão empurrando um clássico carioca importantíssimo para um estádio de menor capacidade no interior do estado, que naturalmente não dispõe da mesma estrutura operacional e os efetivos disponíveis na capital", alertou Carlos Roberto.
Relembre o fato que levou a interdição de São Januário
O estádio de São Januário está fechado desde o dia 23 de junho, um dia depois do cruzmaltino ser derrotado pelo Goiás, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. Após o término da partida a torcida carioca revoltada, depredou as dependências do estádio e entrou em confronto com a polícia. O clube recebeu uma multa no valor de 60 mil reais e foi punido com quatro jogos de portões fechados pela confusão.
O dirigente reforçou que garantir segurança, mediante a logística do jogo, é algo extremamente complexo para os dois clubes. Carlos fez questão de relembrar alguns incidentes ocorridos , no estádio Raulino de Oliveira, no duelo entre Flamengo e Fluminense. Uma dos pontos que vem gerando preocupação é o fato das duas torcidas, deslocarem-se no mesmo horário e percorrerem o mesmo trajeto até chegar em Volta Redonda. O vice -presidente sugeriu que o Ministério Público poderia rever a situação da interdição de São Januário, levando em consideração o interesse público.
Confira os prejuízos econômicos decorrentes da interdição de São Januário
Secretaria Municipal de Trabalho e Renda apresentou um estudo sobre os impactos econômicos gerados pela decisão judicial em interditar o estádio de São Januário. Segundo o estudo cerca de 18 mil pessoas ficaram impossibilitadas de frequentarem a Colina vascaína, e o comércio vem apresentando uma queda na receita de 60% ao mês. A análise ainda informa que em dia de jogos um comerciante arrecada em um único dia o equivalente a um mês
O Maracanã seria a alternativa mais plausível, porém o estádio está passando por reparos no gramados até o dia 17 de setembro, em função do jogo de ida, válido pela final da Copa do Brasil entre Flamengo e São Paulo. O estádio de São Januário está fechado há mais de 70 dias e o Vascão busca um entendimento com o Ministério Público para reabrir o local.
Foto destaque: Clássico no estádio Raulino de Oliveira, em Volta Redonda, desagrada dirigente do Vasco. Reprodução/Globo Esporte