Na noite da última quarta-feira (20), a partida entre Botafogo e Atlético-MG terminou em um empate por 0 a 0. O resultado fez com que a vantagem do time carioca para o segundo colocado do Brasileirão, o Palmeiras, diminuísse para apenas dois pontos, ligando o alerta sobre a necessidade de manter-se estável nessa reta final de temporada.
Confusão
Durante e após o apito final, o Botafogo demonstrou alguns sinais de que o mental do elenco havia sido abalado. A situação ficou mais complicada com as expulsões de dois jogadores importantes, Alexander Barboza e Luiz Henrique, que desfalcarão o time no próximo confronto contra o Vitória. O zagueiro foi expulso no último lance da partida, após se envolver em uma discussão com Igor Rabello. Segundo o árbitro Luiz Flávio de Oliveira, ele foi retirado do campo por comportamento antidesportivo, após trocar cabeçadas com o adversário. A expulsão do atacante Luiz Henrique, por sua vez, ocorreu após o jogador arremessar uma garrafa em uma confusão com seguranças do estádio, o que foi flagrado pelo VAR.
O confronto contra o Vitória, que acontece no próximo sábado (23), no Estádio Nilton Santos, é mais um jogo decisivo para o Botafogo, que precisa cada vez mais de resultados para manter-se na liderança do torneio, que agora é ameaçada pelo Palmeiras. Com a lembrança ainda fresca do ocorrido de 2023, quando a equipe perdeu a liderança nas últimas partidas do campeonato. Naquele ano, o empate contra o Red Bull Bragantino na 34ª rodada resultou na virada definitiva do Porco, que assumiu a liderança. Desta vez, o Botafogo tem a chance de redimir o acontecimento da última temporada, mas para isso será necessário lidar melhor com a pressão.
Jogo entre Botafogo e Atlético-MG (Foto: reprodução/Vítor Silva/@botafogo)
Virada de Chave
Além do aspecto emocional, o time precisa resolver as dificuldades ofensivas enfrentadas nos últimos jogos. Tanto contra o Cuiabá quanto contra o Atlético-MG, o Botafogo encontrou dificuldades em romper defesas fechadas, mesmo dominando as finalizações. Contra o Atlético-MG, por exemplo, a equipe carioca finalizou 24 vezes, mas não conseguiu transformar as oportunidades em gols. A falta de eficiência na hora de concluir as jogadas foi um dos fatores frustrantes do jogo, que serviu também como preparação para a final da Libertadores, no final de novembro.
Até o fim do mês, o Botafogo terá desafios importantes, lutando tanto pelo título brasileiro quanto pela Copa Libertadores. Para isso, precisará trabalhar o lado mental do grupo e melhorar a eficácia nas finalizações, garantindo que essa reta final de temporada seja marcada por conquistas e não por frustrações.
Foto destaque: Jogadores do Botafogo em partida no Nilton Santos (Reprodução/Vítor Silva/@botafogo)