O suco do futebol sul-americano. Confusão generalizada tomou conta do Athletiba, disputado neste último domingo (5), na Arena da Baixada. Tudo começou em um desentendimento entre David Terans (Athletico) e Márcio Silva (Coritiba). Alef Manga tomou as dores do companheiro e chegou empurrando o uruguaio. Thiago Heleno não deixou barato e revidou. Aí foi soco prum lado, chute pro outro. Até invasão de campo teve. O clássico foi encerrado antes do tempo prometido pelo árbitro devido à falta de segurança.
Meu Deus o que virou o Atletiba! Cenas lamentáveis, pau quebrando, gente correndo, gente invadindo o campo. pic.twitter.com/BTfE7V0ClY
— Monique Silva (@Monique_Silva) February 5, 2023
Confusão generalizada no Atletiba — Vídeo: Reprodução/Twitter @Monique_Silva.
Ao todo, o árbitro José Mendonça da Silva Júnior advertiu os jogadores e comissões técnicas com 9 cartões vermelhos e 7 amarelos. Pelo lado do Furacão, os zagueiros Pedro Henrique e Thiago Heleno, o lateral Pedrinho, o volante Christian e o meia-atacante David Terans foram mandados para o chuveiro mais cedo. Já do Coxa, o técnico António Oliveira, o zagueiro Márcio Silva e os atacantes Alef Manga e Fabrício Daniel. Eles podem pegar de 4 até 12 jogos de suspensão.
“Ele (o árbitro) expulsa oito jogadores, mas tem mais que participam. Estamos analisando com calma para não cometer injustiça e punir todos os envolvidos. Fazemos um exame da conduta de cada e imagino que os que mais participaram vão pegar de cinco a oito partidas” — declarou o procurador do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR), Pedro Henrique Val Feitosa.
Árbitro do Atletiba relatou confusões na súmula — Foto: Reprodução/Atila Alberti/UmDois Esportes.
O procurador pretende conversar com o árbitro da partida para analisar melhor o caso, já que as 5 expulsões do Athletico dão a possibilidade de W.O devido à falta de um número mínimo de jogadores em campo:
“A identificação (dos invasores) é exclusão de responsabilidade. Houve uma suspensão e essa falta de segurança é responsabilidade do Athletico. Isso dá a possibilidade em cima do clube. Sobraram só seis jogadores e geraria W.O por não ter o número mínimo, mas ficou uma confusão na súmula (se expulsões foram antes ou depois do fim do jogo) e ainda vamos se cabe para perda de ponto. Queremos ouvir o árbitro” — avaliou Feitosa.
A procuradoria deseja que os atletas sejam punidos ainda no Estadual deste ano, que tem data prevista de término para 9 de abril:
“Vamos tentar a punição, ao menos, para o final do torneio, que envolve o mata-mata. A gente já está falando com os procuradores para promover a denúncia o mais rápido possível — finalizou.
Três torcedores já foram presos pela Delegacia Móvel de Atendimento a Futebol e Eventos da Polícia Civil (Demafe) em decorrência da invasão de campo. Os órgãos responsáveis querem punir com urgência e com contundência os envolvidos.
Foto destaque: Clássico Atletiba que ficou marcado por cenas lamentáveis — Foto: Reprodução/Atila Alberti/UmDois Esportes.