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Rio Open: Nadal campeão, recorde de Alcaraz e tabu brasileiro compõem a história do torneio

Neste sábado, as quadras do Jockey Clube Brasileiro receberão as grandes estrelas do tênis mundial que tentarão fazer ainda mais história nesta décima edição do Rio Open

16 Fev 2024 - 08h00 | Atualizado em 16 Fev 2024 - 08h00
Rio Open: Nadal campeão, recorde de Alcaraz e tabu brasileiro compõem a história do torneio Lorena Bueri

A partir deste sábado (18), ocorrerá a décima edição do Rio Open no Jockey Club brasileiro, que receberá nomes de peso do esporte como: Carlos Alcaraz e Stan Wawrinka, que chegam dispostos a protagonizar novos capítulos épicos na história do torneio. Desde 2014, a competição carioca se firmou como disputa única na América do Sul, tendo Rafael Nadal com o título e servindo de palco para o recorde de Alcaraz; ainda não teve um campeão de nacionalidade brasileira.

Um torneio especialmente diferente

Com sua estreia em 2014, o Rio Open tornou-se o primeiro ATP 500 da história do Brasil, e ainda continua sendo o único evento do tipo na América do Sul. Em todo o circuito masculino do tênis, há somente outras duas competições de mesmo nível que são disputadas no saibro: em Hamburgo, na Alemanha, e Barcelona, na Espanha. Em suas três primeiras edições, o Rio Open era um torneio também associado à WTA, com duelos femininos de simples e duplas, porém, a partir de 2017 passou a contar somente com a categoria masculina. No entanto, o Rio Open nunca viu um atleta conquistar o bicampeonato no simples, e ainda carrega um tabu que o torcedor brasileiro aguarda, ansiosamente, ser quebrado: ainda não viu um brasileiro levantar taças nas quadras do Jockey Club.

Em 2024, Cameron Norrie, Carlos Alcaraz, Laslo Djere e Cristian Garín (que começará no qualifying) tentarão alcançar a façanha de conquistar um segundo título. Até o momento, o Brasil conta com os seguintes representantes: Thiago Wild, Gustavo Heide, João Fonseca e Thiago Monteiro garantidos na chave principal de simples; Felipe Meligeni, Matheus Pucinelli e João Lucas Reis disputarão a etapa qualifying; nas duplas, Marcelo Melo, Rafael Matos, Marcelo Demoliner e Meligeni estão confirmados na chave principal (os dois últimos formarão uma parceria). Através de duplistas foi que o Brasil quase faturou o título do torneio com os atletas Marcelo Melo (2014 e 2023), Bruno Soares (2022), Thomaz Bellucci (2019) e Rogério Dutra Silva (2019), sendo vice-campeões.

Apesar das conquistas brasileiras não virem, o Rio Open segue a tradição de homenagear grandes nomes do tênis brasileiro. Entre os que já foram agraciados com honrarias, estão: Maria Esther Bueno, Gustavo Kuerten, Fernando Meligeni, Flavio Saretta e Thomaz Bellucci. Nesta edição de 2024, Bruno Soares terá o seu legado evidenciado. Até agora, Espanha e Argentina encontam-se na liderança do ranking de conquistas no Rio Open. Ambos os países já tiveram títulos de seus atletas em seis oportunidades. Aliás, o primeiro a levantar a taça de simples masculino foi Rafael Nadal, que é a lenda do saibro.



Recordista em atividade

Esta será a quarta vez que Carlos Alcaraz participará do Rio Open. Ele já tem uma relação muito especial com a competição. Na edição de 2022, ao vencer Diego Schwartzman na final, o espanhol se tornou o mais novo a conquistar um título de ATP 500. Naquele ano, ele tinha apenas 18 anos de idade. Em 2020, o Rio Open já havia visto Alcaraz obter sua primeira vitória em um ATP. Por conta disso, o atual número 2 do mundo vibrou com a oportunidade de um retorno às quadras cariocas nesta próxima semana. "É um torneio especial para mim. Estou muito feliz de jogar. Tenho uma relação especial com os fãs e estou empolgado para ir ao Rio novamente", ressaltou o tenista espanhol. 

Detalhes de um evento de primeiro mundo

A estrutura do Rio Open é composta por nove quadras de saibro. O destaque fica para a central que recebe o nome de Gustavo Kuerten e tem capacidade para 6.200 torcedores. A magnitude deste evento é tão grande que exige que a montagem de todo o complexo no Jockey Club comece com três meses de antecedência. Para a montagem e organização de suas quadras, arquibancadas e demais dependências do torneio, são necessárias de 600 a 800 toneladas de material, sendo transportadas entre 50 caminhões e tudo é desmontado após o fim do Rio Open.

Ao decorrer das nove edições anteriores, mais de 600 mil torcedores acompanharam as partidas de tênis, tendo seus jogos exibidos para 140 países, e o Rio Open já entregou mais de 14 milhões de dólares em premiação (algo em torno de R$ 70 milhões na cotação atual). Apenas em 2023, o torneio utilizou mais de 10 toneladas de pó de saibro, cinco mil bolas, além de 499 raquetes que foram encordoadas, totalizando 6 km de corda.

Foto Destaque: Banner promocional do torneio Rio Open 2024 (Reprodução/ATPTOUR/ RioOpean)

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