O Baile de Favela voltou a ganhar medalha na ginástica artística. Dessa vez no Mundial de ginástica artística, ocorrido nessa tarde de quinta-feira (3), na cidade de Liverpool, na Inglaterra, cidade conhecida mundialmente como o berço dos Beatles. Rebeca Andrade venceu no individual geral, pontuando 56899 com menção especial aos pontos obtidos na modalidade do salto (15166). Nesse aparelho a atleta já havia obtido performance excelente, na edição de 2021 do Mundial, ao conquistar medalha de ouro, conquistando também uma de prata, no geral, em Kitakyushu, Japão.
Na barra, Rebeca recebeu dos juízes 13800 pontos. E o ápice veio com a coreografia do Baile de Favela, fechando os pontos totais, com 14400 pontos e se sagrando campeã mundial. Após a vitória, Rebeca declarou estar radiante e satisfeita com todo o trabalho da comissão técnica do Brasil e suas companheiras de equipe. Reafirmou a dedicação de todas e o trabalho duro no dia a dia do time para a busca dessas marcas. As marcas de Rebeca podem não parar por aí. No final de semana acontecerá ainda as provas de trave, barra e solo. Rebeca é a segunda atleta negra a conquistar a posição de campeã mundial, atrás apenas da americana Simone Biles. A atleta do Flamengo fez questão de reafirmar que a vitória é dela e todas as mulheres pretas e que isso representa para ela, toda sua luta desde o começo difícil, em Guarulhos, onde ela e sua mãe tiveram ajuda de muitas pessoas, para chegar nesse pódio mundial.
Rebeca Andrade campeã mundial de ginástica artística. (Foto: Reprodução/Olímpico)
Rebeca Andrade tem 23 anos e começou a treinar ginástica artística em sua cidade natal, Guarulhos, com apenas 4 anos. É filha de família com mais sete irmãos e teve chance para se tornar atleta principal, em um projeto social de sua cidade. Na época, ficou conhecida no meio como a “Daianinha de Guarulhos”, numa referência direta à ex atleta Daiane dos Santos, com quem Rebeca chegou a treinar em 2009.
Foto Destaque: Rebeca Andrade, ginasta brasileira. Reprodução/Extra