9,192,960 minutos, 153,216 horas, 6384 dias, 912 semanas. Após quase 18 anos, o lendário reinado de Rafael Nadal no top 10 da ATP chegou ao fim. O mundo do tênis está testemunhando o fim de uma era, uma vez que o ídolo espanhol sai do prestigiado grupo pela primeira vez desde 2005. O domínio de Nadal no ranking mundial por quase duas décadas deixou uma marca incomparável no esporte.
No entanto, várias lesões e algumas derrotas inesperadas levaram a sua descida gradual na classificação geral do tênis profissional. Os problemas começaram com sua luta contínua com as contusões desde Wimbledon do ano passado, o que impactou significativamente seu desempenho e participação nos torneios.
Após a divulgação oficial do ranking nesta segunda-feira (20), Nadal está no 13º lugar, com Jannik Sinner e Cameron Norrie sendo os dois primeiros jogadores fora do top 10 e à frente do espanhol. De seus 2715 pontos, o tenista maiorquino logo defenderá 2000 em Roland Garros – torneio do qual é, disparadamente, o maior vencedor e que buscará o 15º título em 2023.
Rafa Nadal em Wimbledon. (Foto/Reprodução/Eurosport)
O 22 vezes campeão de Grand Slam falou sobre a sua marca e, embora triste por ter terminado, declarou que um número ao lado de seu nome na tabela de classificação não o define. "Eu prefiro estar [no top 10], é óbvio, mas no final você tem que aceitar as coisas como elas acontecem. Com todas as lesões que tive nos últimos 18 anos, não ter deixado o top 10 em qualquer ocasião é praticamente um milagre", disse Nadal.
Enquanto o fim da marca histórica do ídolo espanhol encerra um capítulo em sua ilustre carreira, também inaugura uma nova era para o tênis. O palco está cada vez mais pronto para a próxima geração de jogadores construir a sua trajetória e manter a qualidade do esporte em alto nível.
Quanto a Nadal, levando em conta a sua capacidade mental, física e técnica, sua determinação inabalável e amor pelo esporte, sem dúvida, alimentarão a busca para recuperar o seu lugar na elite dos atletas do tênis mundial.
Foto destaque: Nadal em jogo do Australian Open. Reprodução/s3