A jogadora de basquete americana e estrela do Phoenix Mercury, Brittney Griner, detida na Rússia desde fevereiro ao portar vapor líquido à base de cannabis ao chegar no aeroporto em Moscou, foi considerada nesta quinta-feira (4), culpada por tráfico de drogas e condenada a nove anos de prisão, com multa de um milhão de rublos (aproximadamente US$ 16,4 mil) pela juíza Anna Sotnikova, do tribunal de Khimki.
“O tribunal considerou a ré culpada” de posse ilegal e tráfico de “uma quantidade significativa” de droga, disse a juíza Anna, segundo um jornalista da AFP que estava presente no tribunal. Griner admitiu portar a substância por descuido, mas negou qualquer envolvimento com tráfico de drogas. Os advogados de defesa argumentaram que ela usou maconha medicinal, com prescrição de um médico para sua dor intensa de lesões esportivas. Em sua declaração final no tribunal, ela pediu clemência do tribunal e afirmou não ter tido a intenção de violar nenhuma lei russa.
Jogadora americana é duas vezes medalhista do ouro olímpico. (Reprodução: Instagram)
A situação da jogadora que é duas vezes medalhista de ouro olímpica, motivou muitos protestos nos Estados Unidos, principalmente em Phoenix, onde o consumo recreativo de cannabis é regulamentado desde 2020. Recentemente, o governo americano tentou um acordo de troca de prisioneiros com o governo Russo. Os americanos entregariam o traficante de armas russo Viktor Bout em troca da liberdade de Griner.
O presidente americano, Joe Biden, afirmou que a condenação da jogadora a nove anos de prisão é “inaceitável” e solicitou a Moscou a liberdade imediatamente de Griner.
“Hoje, a cidadã americana Brittney Griner recebeu uma sentença de prisão que é mais um lembrete do que o mundo já sabia: a Rússia está detendo Brittney injustamente. É inaceitável e peço à Rússia que a liberte imediatamente para que ela possa estar com sua esposa, entes queridos, amigos e companheiros de equipe”, disse Biden.
Foto destaque: Jogadora de basquete americana Brittney Griner é condenada a nove anos de prisão na Rússia. Reprodução/EPA