Recentemente, o Santos quitou a dívida com a "Doyen Sports" pela contratação do atacante Leandro Damião. A dívida, que estava pendente desde 2013, deveria ser quitada até dezembro deste ano. No entanto, o Peixe conseguiu adiantar os valores após as vendas dos atacantes da base, Ângelo e Deivid Washington, com o Chelsea (Inglaterra).
Falta de pagamento triplicou o valor da dívida
Em 2019, o clube deveria ter finalizado a última parcela da contratação do jogador no valor de € 5 milhões (cinco milhões de euros), mas isso algo que não aconteceu. Dessa forma, a dívida triplicou para o total de € 15 milhões (quinze milhões de euros).
O famoso "calote" gerou grandes problemas para o Peixe, principalmente em bloqueios de contas do Santos. Em 2021, já sob o comando do presidente Andres Rueda, o clube conseguiu fazer um acordo com a 'Doyen Sports' para diminuir a dívida de para € 15 milhões para € 8,25 milhões, com 45% de desconto e parcelas do valor total até dezembro.
Andrés Rueda conseguiu fazer acordo com a Doyen para quitar a dívida de Damião. (Foto: reprodução/Instagram/@santosplayoficial)
O atacante Leandro Damião chegou ao Santos com status de craque no final de 2013. Na época, a Doyen Sports pagou € 12 milhões de euros (cerca de R$ 42 milhões na cotação daquele ano) ao Internacional, repassando o centroavante ao clube paulista.
Leandro Damião chegou ao Santos no final de 2013. (Foto: reprodução/Instagram/@leandrodamiaoo)
No entanto, a empresa fez exigências ao Santos. O valor investido deveria ser devolvido durante a vigência do contrato, com juros anuais de 10%. Caso o Peixe recebesse alguma proposta do camisa 9, o clube poderia até recusar, desde que pagasse o valor a corporação semelhante ao oferecido.
Se o vínculo de Damião terminasse sem que ele fosse vendido, o Santos deveria indenizar a parceira em € 18 milhões (dezoito milhões de euros).
Apesar das expectativas geradas pelas boas atuações no Internacional, Leandro Damião não conseguiu atuar bem com a camisa do Santos e, em 2015, foi emprestado ao Cruzeiro. No mesmo ano, o atacante acionou a justiça para processar o Peixe e buscou a rescisão de contrato com o clube.
Briga judicial pela rescisão de contrato
A questão jurídica se arrastou até janeiro de 2016, quando clube e jogador entraram em um acordo celebrado no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O Santos pagou R$ 4,5 milhões ao Leandro Damião, que foi emprestado ao Real Bétis, da Espanha.
Não havia perspectivas para Leandro Damião voltar ao Santos. Então, o jogador foi emprestado novamente, mas dessa vez para Flamengo e Internacional, antes do contrato se encerrar em dezembro de 2018. O fundo Doyen Sports, ao perceber que o Peixe não ia cumprir o acordo de forma voluntária, recorreu à justiça.
Em dezembro de 2017, o Santos garantiu que pagaria € 23 milhões (cerca de R$ 88 milhões quando foi o valor acordado) a empresa. O valor total incluía não só o trâmite com Damião, mas também dívidas com o fundo de outros jogadores, como Daniel Guedes, Gabriel Barbosa (Gabigol), Geuvânio e Lucas Lima.
Foto destaque: Após quase dez anos, Santos quita Dívida por Leandro Damião. Reprodução/Twitter/@ExplorerFutebol