Na noite da última segunda-feira, (5), o Conselho Deliberativo do São Paulo deu início a votação para a volta do direito à reeleição para os cargos de presidente e também dos conselheiros do clube, votação terminará às 17 horas de hoje, terça-feira (6). Além disso, existe a possibilidade de reencaminhamento ao social para a aprovação dos sócios.
Os apoiadores do atual presidente, Julio Casares, defendem a possibilidade de uma reeleição com o argumento de que um mandato — com duração de três anos — é curto demais para que o trabalho realizado traga os resultados desejados. Para eles, um segundo mandato seria a melhor forma de reforçar o trabalho que vem sendo feito pela atual gestão.
Do outro lado, por considerar injusto que a aprovação da reeleição entre em vigor na gestão Casares, a oposição chegou a acusar a o presidente de golpe. Segundo eles, o processo deveria ser validado somente após a próxima eleição.
A diretoria de Julio Casares informou que a proposta não partiu dela. Em entrevista, o atual presidente do São Paulo responde às acusações.
Julio Casares em entrevista. Foto: Reprodução/São Paulo Blog.
"Se for avaliado como positivo, por que não começar agora?", perguntou Casares, que afirmou ter vários planos para o São Paulo.
Um segundo mandato traria estabilidade para a relação entre a diretoria do São Paulo e possíveis credores, bem como para as atuais e futuras negociações com outras instituições. O presidente menciona que ao manter contato com clubes da Premier League, tem sido questionado sobre o tempo que resta em seu mandato.
Entre os projetos de Casares para o São Paulo, está a possibilidade de se tornar SAF (Sociedade Anônima do Futebol). O presidente encomendou um estudo com Alvarez & Marsall, que será entregue em novembro.
Essa alternativa seria uma forma de aumentar a renda do clube, que atualmente está pouco acima de R$ 400 milhões, valor este que equivale a menos da metade da renda do Flamengo. Contudo, é importante levar em conta que a SAF é uma hipótese que será analisada, mas não é a única alternativa do São Paulo.
Vale frisar que, caso a volta das reeleições seja aprovada, o atual presidente não estará reeleito e só prosseguirá com sua gestão caso vença a eleição do ano que vem, válida para o próximo triênio 2024-2026. Se reeleito, Julio Casares não poderá se candidatar novamente para as eleições de 2026.
Até o final da década de 2000 o segundo mandato era tradição no São Paulo, antes de Juvenal Juvêncio alterar o estatuto e permitir a si mesmo um terceiro período como presidente do clube. Na época, Juvenal se justificou dizendo que iria adequar o Morumbi para as exigências da Copa do Mundo, que acabou sendo realizada em Itaquera, estádio do Corinthians.
Foto Destaque: conselho do São Paulo. Reprodução/São Paulo Blog.