Após ouvir crescentes queixas dos pilotos na F1 e profissionais da área médica, a Federação Internacional do Automobilismo (FIA) determinou que deveriam ser introduzidas medidas iniciais que visem diminuir os pulos dos carros durante esta temporada, que são gerados por uma nova regra técnica da categoria. A questão foi o assunto principal da coletiva de imprensa do Grand Prix do Canadá nesta sexta-feira (17), e dividiu opiniões e pilotos.
Os mais vocais em relação às queixas dos impactos (chamado efeito porpoisig) são Lewis Hamilton e George Russell, que deram seu apoio à proposta. O colega de Max Verstappen, Sergio Pérez, da RBR, não foi de acordo com o parceiro de profissão e se colocou a favor das medidas, assim como Pierre Gasly, Esteban Ocon e Lance Stroll. O único outro piloto a ser contra a iniciativa e ficar ao lado de Verstappen foi Charles Leclerc.
Charles Leclerc em sua Ferrari nos testes da pré-temporada da F1 em Barcelona. (Foto: Reprodução / GE / Jose Breton / Pics Action / NurPhoto / GettyImages)
Existe uma prancha de madeira que fica no assoalho dos carros, e a FIA irá colocá-la sob análise, para assim poder definir um tipo de métrica que possa delimitar um nível razoável da oscilação vertical dos carros.
“É positivo que a FIA esteja trabalhando para tentar melhorar isso, porque esse será nosso carro nos próximos anos. Não se trata de amenizar os quiques mas nos livrarmos dele, para que futuros pilotos não tenham problemas nas costas no futuro. Não acredito que vá mudar muito, mas há muita coisa que precisa ser feita. É interessante ver as opiniões das pessoas, mas em última análise, a segurança é a coisa mais importante e ao menos um piloto de cada equipe falou sobre isso”, falou Lewis Hamilton, que foi vítima da compressão de um nervo de sua coluna em uma corrida no Azerbaijão.
Foto Destaque: Lewis Hamilton durante coletiva do GP do Canadá. Reprodução / GE / Clive Mason / GettyImages